A exemplo de minha “muy amiga” Mariana Moreira (também uma blogueira apostólica romana convicta), não resisti a folia carioca. Mas ao invés das mensagens quase “teletubéticas” de minha miguxa, vou fazer algo bem mais pesado e crítico (em todos os sentidos possíveis). Tudo baseado em minha última experiência carnavalesca (de quase morte, diga-se de passagem).
Mas antes, é necessária uma breve explicação sobre minha relação com o CARNAVAL, ou como eu diria antigamente – “o assassinato desenfreado de neurônios e desperdício de fluidos corporais”. (ou vice-versa)
Pois bem. Como todo bom adorador do Deus Odin, adepto do Viking Metal, fã de Star Wars, Star Trek e Porn-stars, tenho uma predileção pelos temas mais obscuros e mal vistos pela sociedade. Ou seja, sou um grande Nerd, um tão grande que coleciona mangás ao invés de HQ’s, isso porque acho as HQ’s muito simples e pouco filosóficas.
Resumindo: nunca gostei de Carnaval, e ao longo de meus 19 anos (20 no dia 19 de março) de vida disse isso com todas as letras.
Porém, sendo brasileiro e vivendo no Rio de Janeiro, eu sabia que essas palavras se voltariam contra mim algum dia. Só não pensei que fossem ter esse efeito...me fudi bonito!
NO entanto, tudo começou antes do Carnaval. Quando o inteligente que vos fala foi à praia. Isso pela primeira vez em 5 anos, antes só havia ido por causa do meu primo paulista que queria ver o mar (idiota, ia para Santos que era bem mais perto, nem precisa me perturbar) – fui, mas bem a contra gosto. Afinal, praia era o #2 das coisas que eu odiava (advinha atrás do que?....se você pensou em Carnaval errou, o #1 era, surpreendentemente, eu mesmo). [pausa para o choro]
Voltando a esse meu segundo dia de praia, uma fatídica tarde de janeiro, onde tudo corria bem. Fomos até a praia do Arpoador, mas chegando lá, meus Caros Amigos® decidiram ir para a Macumba (por respeito ao sincretismo religioso não farei piadas com o nome da praia). E claro, para preservar a integridade moral desses meus Queridos Amigos (plin, plin), vou chamá-los carinhosamente de José Marques Ribeiro Neto e Luiz Claudio Soares – apenas pseudônimos randômicos acabei de escolher.
Enfim, nessa praia da Macumba que poderia muito bem ser a do Diabo (isso não foi uma piada. Eu realmente não sei qual o nome da praia ao lado do Arpoador), pois bem, para quem não sabe essa pequena enseada tem a fama de ser a “praia dos cachorros”. Isso porque, parece haver uma regra implícita geral (como nas favelas), onde os ricos e snobs moradores da Zona Sul levam seus respectivos cachorros ricos e snobs para passear (atacar pessoas) justamente nessa praia. Sendo que, é de conhecimento dos letrados e cultos que não se deve levar cães a praia, por ser uma baita porcaria. Além dos mais, tem uma grande placa que diz “não traga seu cão”. Desculpe, mas...que FILHOS DA PUTA!
Depois de pisar (descalço), numa série de dejetos que remetem ao titulo deste blog, e quase ser mordido por um belo labrador preto, o qual, por acaso, tinha dentes mais brancos que os meus, finalmente chegay a água propriamente dita. Chegando lá, avistei uma bela mancha marrom, que para manter minha sanidade mental prefiro acreditar que se tratava de um cardume de plâncton transgênico (primo-gêmeo daquele do Bob Esponja).
Fora esse banho de dejetos que novamente remetem ao título deste blog. Como não poderia faltar, levei um magnífico caixote. Ele me assustou o suficiente para que eu percebesse meu lugar, mais precisamente na área mais rasinha, a menos de 1 metro depois da areia. Para se ter um vislumbre da situação, a água estava mais ou menos no meu tornozelo e ao meu lado estavam crianças entre 3 e 5 anos, algumas apontando e rindo, e outras avançando vigorosamente metro após metro, e ao final me chamando, “tio, não precisa ter medo, vem para cá” (como eu desejei que uma delas se afogasse!!). Mas o pior ainda estava por vir... ou estaria ele no porvir?! Não sei, estava mais concentrado no homicídio e não na gramática.
Nesse futuro, o que me esperava, nada mais, nada menos que uma chuva de granizo, sim, de granizo (ou seria granito, enfim, aquele gelinho filho da puta que cai do céu). Quando começou a chover, o nosso grande trio (esperto como só nós podemos ser) decidiu permanecer na chuva, a fim de economizar o dinheiro daquele banheirinho do posto. E como malandragem pouca é bobagem, para acentuar o efeito decidimos subir a pedra do Arpoador. O que, mais tarde, ficou provado não ser uma idéia das mais brilhantes, pois é justamente nesse ponto que chega o GRANIZO.
Cabe ressaltar que ao mesmo tempo em que subíamos superanimados, uma leva de gringos e pessoas em geral descia – todas estranhamente nos encarando. E apesar de não termos bebido naquele dia (não muito), não nos pareceu nem um pouco estranho que NINGUÉM, NINGUÉM MEEESMO, estivesse indo na mesma direção que nós (para cima). E no espaço de tempo que demoramos para chegar ao alto de uma “mini-chapada” começou a cair uma chuva estranha, que “doía”. Sem entender nada, a gente só falava: “caralho, esse vento tá foda. Pinica a beça”. Sem contar que nós estávamos sem camisa, já que nosso líder (o meu xará), disse que vestindo a camisa molhada a gente podia pegar um resfriado (sem dúvida, o maior de nossos problemas).
Para celebrar mais nossa inteligência, é preciso dizer que ficamos parados no alto da Pedra por uns 20 minutos. Tomando na cabeça. E que nesse meio tempo, um de nós (quem foi eu não irei revelar por motivos óbvios) deu uma mijadinha em um “arbusto de cactos” que tem por lá...Isso sim é desafiar o perigo, o resto é bobagem...
Eh, me estendi novamente e acabei não falando do assunto principal, que era o Carnaval...mas não importa, esse espaço é meu (e do Google®), e escrevo nele o que me der na telha.
Falando nisso, não percam o meu novo blog (sim, mais um). O nome dele é Dominus, não tem nada escrito ainda...mas prometo que vai ficar legal...
Na próxima edição, a continuação dessa história, agora no Carnaval da Lapa e em um bloco em Laranjeiras...
NÃO CONHECI O OUTRO MUNDO POR QUERER!!!
domingo, 17 de fevereiro de 2008
Chuva Negra
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2 comentários:
rapaz, ri bastante com sua historieta, principalmente na parte da mijadinha. Coragem é isso ae!
abraço
Aprendi muito
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