domingo, 2 de agosto de 2009

Diários de um macho I (assim espero)

Prólogo

Esse é o Peristálticos e a gente (eu) não fala de Michael Jackson e muito menos de gripe suína, porque isso é fácil demais. fff

Sim, eu sei que vocês já ouviram falar de algo muito parecido com Dários de um macho num programa humorístico (???) qualquer de um canal de TV qualquer aí que quer dominar o Globo®. No entanto, este é um caso diferente, primeiro porque são diários e não diário. Diário é coisa de baitola, diários lembra diários de guerra e guerra é coisa de macho. Além do mais, como eu sou jornalista intelectual culto da Uerj e não da UFRJ, como são os do programa supracitado aí em cima, o meu negocio é desconstruir as bases da sociedade tecnocrata capitalista, quebrar os paradigmas que regem este mundo globalizado socioculturalmente e não propagar ideologias de consumo através de um humor voltado para o mercado de capitais e para a macropolitica brasileiras. Em outras palavras, eu sou foda e vou fazer esse negócio diferente.

Para quem não sabe ou ainda não percebeu (todo mundo que leu só até aqui), os Diários de um Macho é a tentativa de Zé Messias de ficar famoso emplacando uma daquelas séries super divertidas que você lê nos blogs realmente engraçados como “coisas que vão mudar o mundo” do Kibeloco. Além disso, se esse negócio der certo é a minha chance de ser contratado como roteirista daquele programa humorístico (???) que eu falei mal aí em cima. Afinal, este ano (próximo semestre) eu termino a faculdade de jornalismo e ainda com a mesma perspectiva de futuro profissional de quando entrei... nenhuma (Mas isso é outra historia, talvez para a segunda edição).

Introdução (isso é coisa de macho!)

Antes de qualquer coisa, é preciso estabelecer a diferença entre macho e heterossexual (sim, tem diferença). Primeiro, nem todo heterossexual é macho. Para se ter uma idéia, eu tenho vários amigos homens (na verdade nem tantos, eu conheço muito mais mulher) e todos são heterossexuais* (que eu saiba), mas desse tanto de pessoas só dois são realmente machos.

*Se você é viado e me conhece, das duas uma: ou eu não percebi que você é viado ou simplesmente NÃO SOMOS AMIGOS


Macheza segundo o Instituto de Pesquisas Babacas é sinônimo de virilidade. Para ser macho tem que ser viril e homem viril é aquele que tem testosterona. E é por isso que você pode ser macho e ser viado. Parafraseando outro humorista fajuto desses aí (para o qual eu também adoraria trabalhar), macho é macho até em cima de outro macho (sempre por cima). Por sua vez, também existe o heterossexual não macho. Muitos homens heterossexuais, como este vos escreve, sofrem da falta de testosterona, em maior ou menor grau, o que depõe contra sua virilidade e afeta diretamente sua habilidade de pegar as cachorras. Por isso que eu digo que só tenho dois amigos machos. Vide Skmoso I E II .

Vejamos porque:

Macho absolutamente não pode ter peças xadrez, quadriculado, wherever
Macho não pode ter um monte de amigas. Na verdade, nenhuma. Só existem dois tipos de mulheres na vida de um macho. A fiel e “as amante” (a mãe não conta – todo mundo tem mãe, porra!!).

Macho não ouve música “inteligente” (nada de MPB de rico, Indie rock, etc.). Se você alguma vez ouviu e gostou de Chico Buarque (muito macho, por sinal), Caetano (tremenda bichona), The Smiths, Little Joy, entre outros, não adianta espernear, chorar, rodar a bolsinha que você não é macho.




Macho come mulheres, não importa idade, raça, credo, aparência, peso, estado civil (dele ou dela). Só não pega a dos amigos, porque isso é violação dO Código. Machos gays a mesma coisa, só que eles vão comer homens (o que definitivamente não é a mesma coisa).

Macho não fala nada no diminutivo. Não preciso nem explicar o porquê.

Macho também não usa advérbio. Absolutamente, totalmente... nada disso.

Macho não usa eufemismo, ou seja, ele não suaviza nada. Macho não fica excitado, fica de pau duro. Não faz amor, mete o piru. E assim por diante.

Macho ouve musica de fazer sexo ou que lembrem sexo, tipo Catra (nosso mestre), Barry White, sertanejo, aquele pagodinho esperto ou então aquele samba de raiz. Também podem ser musicas que falem de como ser macho, ou seja, amizade entre homens, dor de corno e, claro, mulheres, ou melhor, Aquela Mulher (se você não entende o que seria Aquela Mulher, você não pode ser macho). Como você pode ter percebido, macho tem mau gosto musical. Óbvio, não?! Macho que é macho não entende de nada, porque ser entendido é coisa de viado. De música principalmente, vide João Marcelo Bôscoli, música pega quase tão mal quanto moda.

Aliás, macho não pode ter nome composto e se tiver o cara não pode ser conhecido por ele. Principalmente se for, João Marcelo, João Guilherme, José Jorge, etc. Esses são exemplos de dois nomes masculinos fortes juntos, o que lembra homossexualidade. Por exemplo, eu sou José Carlos Messias, mas ninguém no mundo me conhece assim, porque é muito gay (principalmente os 3 nomes). Macho é simples, é Zé, no máximo José Messias, que é usado apenas profissionalmente.

Outra coisa muito importante, existem exceções a regra dos nomes compostos, como por exemplo, Zé Maria, Francisco Jacobina, etc. Esses são combinações de nomes de homem e de mulher, portanto, heterossexuais por natureza. Além disso, eles são nomes de nordestino, nordestino paraíba cangaceiro matador, e não existe no Brasil maior macheza do que no cangaço. E o melhor, todo nordestino por ser feio como uma burra tem a fama de bem dotado. Por isso a comparação com jumentos. Sacou?! (AVISO: essa regra da macheza nordestina de maneira nenhuma se aplica a Bahia. “É o Tchan”, “Xandy da Carla Perez” [quem?!] e a lambaerobica fizeram questão de acabar com toda a virilidade dos baianos)


E por último e mais importante:


Macho fala buceta. Não adianta chamar de barata ou sei lá o que, você tem que falar buceta e geralmente acompanhar dos adjetivos cabeluda, molhadinha (único diminutivo permitido pelo Código), suculenta, carnuda, etc. Se você chama buceta de outra coisa que não seja buceta você não é macho e não adianta reclamar. Vale ressaltar que mesmo o macho homossexual chama buceta de buceta, mesmo e principalmente na frente de mulheres. Pudor é coisa de viadinho!

Resumindo, macho não tem frescura. Se você é do sexo masculino, tem os cromossomos XY e não tem frescura. Você é macho. Pronto e acabou! simples assim...

Na próxima edição: A repercussão (provavelmente negativa) deste meu textículo, apelidos de machos e a elite da tropa.

Zé Messias é metido a pseudo-intelectual, não sabe as regras da nova ortografia (por burrice e não por gostar mais da antiga - tremenda desculpa esfarrapada), tem certeza absoluta que pode dar para um bom comediante no futuro (desde que este lhe arranje um emprego) e por mais que tente não consegue falar buceta.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Talking about my generation (ou simplesmente, Qual é a minha geração?)

Eu nasci nos anos 80, no final deles para dizer a verdade. 1988, para ser mais preciso. Ano do Dragão, de Olimpíada em Seul e do Centenário da Abolição da Escravatura (o que sempre foi motivo de orgulho para mim – isso até eu ficar mais velho e descobrir que os negros não foram libertos, que ninguém cavalgou as margens do Ipiranga e que Cabral não descobriu o Brasil). Enfim, os anos 80 nunca foram a minha praia, na verdade, sempre o detestei por causa dos permanentes, das ombreiras e das cores berrantes. E até hoje eu agradeço por ter nascido na melhor parte desta década, o final.

Aí vieram os anos 90, dos quais eu passei a maior parte vegetando, ou seja, só cagando e comendo. Nessa época, que tenho para mim, foi a melhor da humanidade se estabeleceram os computadores modernos, a internet especificamente e os videogames. Porém, eu não aproveitei nada disso porque nunca tive dinheiro para essas regalias, ainda mais nos 90 quando isso era “novidade”. Meu negócio era a televisão. Eu assistia tudo o que você pode imaginar, afinal, tempo livre era o que não faltava. Como já expliquei, eu sempre fui pobre e fudido, e quando você é pobre e fudido não existe essa história de natação, judô, explicadora (isso era moda na minha época), balllet (queria realmente ter feito isso) ou qualquer outro tipo de atividade extracurricular. Então o jeito era assistir tevê, e eu assistia mesmo de 12h30 às 22h. Sem desligar e sem piscar também.

Eu podia ter saído casa e ido jogar bola ou soltar pipa que são a diversão dos pobres e fudidos, mas eu também não podia fazer isso (não podia mesmo, EVER). Porque quando você é pobre e fudido, acaba morando num lugar barra pesada. Tá, muita gente vai me chamar de viadinho agora (se é que já não chamou antes), uma vez que tem gente que mora em lugares potencialmente perigosos e nem por isso deixa de sair de casa. No entanto, lugares potencialmente perigosos não chegam nem perto do Jacarezinho dos anos 90, tanto é que eu não conheço ninguém vivo da minha idade (que não tenha sempre feito parte de uma Igreja). Porque aqui era assim, para você ver seus filhos crescerem ou você os coloca desde cedo numa igreja ou nunca os deixa sair de casa. Minha mãe, como não é boba nem nada, fez as duas coisas. Só para garantir, sabe como é, né?!



Assim, meus anos 90 foram cercados de muita fé e televisão, sendo que para minha “sorte”, uma anulava a outra. Por exemplo, uma coisa que todo mundo lembra era de assistir na Manchete a Cavaleiros do Zodíaco, YuYu Hakusho, entre outros. Eu não. Minha mãe não me deixava assistir porque eram “desenhos do demônio”. Agora, o mais divertido e que vai chocar a todos vocês, é que mommy não era uma daquelas beatas chatas que você vê nas novelas, ela nem freqüentava a Igreja. Então pedia conselhos para minha tia (a única crente da família). Eu ficava muito bolado na época, mas lembrando hoje até que fica engraçado. Porque era algo mais ou menos assim. “Dalva (minha tia), eu botei o XXX (apelido familiar secreto) na igreja. Você que entende dessas coisas de religião me dá umas dicas aí”. E foi nessas que quaisquer resquícios de uma infância minimamente comum foram perdidos. Claro que eu fiz várias coisas divertidas, mas nada que os garotos normais de 7 a 11 (minha infância nos anos 90) tenham feito.

Falando em garotos normais, outra coisa que me diferenciava de qualquer outra criança no mundo, ou pelo menos, no Rio de Janeiro naquela época era que eu simplesmente A-D-O-R-A-V-A ir para a escola (coisa que até hoje gosto). Lembrando hoje em dia, acho que era porque só lá que eu tinha alguma espécie de convívio social, o que para mim era algo FANTÁSTICO. Detalhe, eu não sou filho único. Eu tenho um irmão mais novo. Só que crescer com ele, é a pior forma de solidão que existe, como já expliquei num post anterior. Outra coisa que eu gostava muito da escola simplesmente porque eu era muito bom nisso (coisa que não funciona muito hoje). Voltando a questão do pobre e fudido... Quando você é pobre e fudido, você vai para o sistema público de ensino, e como eu aprendi mais tarde, o sistema público de ensino faz tudo, menos ensinar. O nível de exigência era tão alto que qualquer pessoa com meio cérebro e que prestasse um mínimo de atenção poderia fazer uma verdadeira festa. E foi assim que durante 10 anos (jardim-8ª série), eu cresci com a vã ilusão de ser algum tipo de gênio fenomenal. O que foi profundamente traumático quando eu entrei no 2º grau e pior ainda no Vestibular.

Findo o que na minha época ainda se chamava de primeiro grau, fui para o que hoje se chama de ensino médio, isso em 2003. A partir daí começou o que eu chamo de Era da Compreensão. Foi justamente nessa época que descobri que a Independência do Brasil foi um capricho de um jovem mimado, a descoberta do Brasil foi a jogada de um malandro endividado e que os negros foram libertados apenas para se tornarem também escravos do capitalismo. Somando se a essas descobertas históricas vêm as constatações sociais, como a desigualdade de renda, o preconceito, etc. Enfim, todas aquelas coisas que não fariam a mínima diferença se você não soubesse e que na verdade seriam até melhor que você ignorasse. A Era da Compreensão é mesmo uma filhadaputa, mas pelo menos você pode dizer que está vivendo num estado de consciência plena (o que não é grandes merda e eu a trocaria facilmente pela velha ignorância infantil enfiando um giz de cera no nariz).

A primeira década de 2000 começou e já está acabando e sinceramente ainda não sei o que estou fazendo aqui. A Era da Compreensão não me trouxe nada de bom, exceto realmente saber das coisas (o que já vimos é algo bem questionável). Pelo lado bom, os computadores e os videogames modernos finalmente chegaram aqui no Morrão. Ou como diriam meus professores pós-modernos, “a revolução digital e a consolidação da cibercultura trouxeram verdadeira liberdade de expressão através dos meios digitais, em especial a internet”.



Fora isso que é até bem importante, o mundo continua o mesmo. As pessoas continuam se matando, destruindo a Terra, se divertindo enquanto se matam e destroem a Terra e se reproduzindo alheia a tanta destruição, matança e diversão. A única diferença é que agora todo mundo pode assistir a tudo isso no Youtube. Ou comentar a hipocrisia do modo de vida humano (ou pós-humano, como diria um professor meu) no twitter ou num blog.

sábado, 20 de junho de 2009

Hoje eu vi Hamlet (pela 2ª vez)!



Ai me deu vontade de produzir este pequeno textinho...


Preferia eu ter minha pele dilacerada por adagas pontiagudas
Do que sofrer as agruras deste que é, sem dúvida, o mais torpe dos malefícios
Seria melhor ser esquartejado pelas presas ferinas de cães raivosos
Pois estas seriam dores menores se comparadas ao que sinto neste momento
Uma vez que nada mais efêmero do que o mero ar me faz sofrer infortúnios tamanhos que minhas entranhas se contorcem
Oh vida! Maldita seja a artimanha ou feitiço fugaz capaz de macular um corpo santificado por nosso Senhor, o Bom Deus
E este sopro de Zéfiro que procura apenas sua liberdade, me tortura como aos açoites os quais o próprio menino Jesus, feito homem, teve que enfrentar
No entanto, tendo enfim encontrado sua tão almejada soltura, os ares saem levando consigo toda sorte de imundices
E ainda durante a passagem dos agouros pestilentos invisíveis, a chama do mais puro alívio me sobrevém
Alívio que aquieta e traz consigo paz a meu espírito assaz castigado.
Devolvendo a cor a meu semblante empalidecido pelo sofrimento


Cagar por Shakespeare

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Ensaio antropológico de primeira ou aquele sobre o gordinho perdedor

Hoje eu decidi falar de clichês. E não existe maior clichê do que o dos gordinhos tarados perdedores. Todo mundo conhece esse clichê justamente porque ele é muito verdadeiro. Pesquisas do Instituto Ronald McDonalds de Apoio a Obesidade Infantil comprovam que 85% dos habitantes do planeta é, ou pelo menos conhece, um gordinho perdedor (isso menos na Etiopia e alguns países africanos). Ainda mais na internet, onde (?) 78,99% dos usuários são gordinhos tarados.

Aposto que só de eu falar você, meu fiel leitor, já deve ter lembrado de dois ou três, e um deles, sem dúvida, é você mesmo. Seu amiguinho levemente obeso que além da aparência tem manias igualmente bizarras como cheirar o próprio saco, comer meleca e/ou guardar as unhas do pé em jarros de maionese Hellman’s.

Por motivos óbvios, quem lê esse blog já deve ter imaginado que eu simpatizo bastante com esta famigerada causa carente de higiene. Não que eu compartilhe de TODOS preceitos ou seja um membro ativo do Movimento. Felizmente, ainda pertenço há uma penca de outras classes que, graças ao bom Satanás Deus, me impedem de exercer plenamente esta minha herança psicogenética. Pois não fosse meu lado pobre fudido, negro que representa, metaleiro headbanger, universitário Cult-bacaninha e, principalmente, meu lado filho criado pelos próprios pais e que tem um irmão, provavelmente este texto teria muita autobiografia (o que seria só triste e nem um pouco engraçado).

Digo isso porque de acordo com a Fundação Jô Soares, 98,69% dos gordinhos pervertidos – pederastas ou não –, são filhos únicos e foram criados pela avó. Isso sem contar aqueles que estudam em internatos, escolas só de garotos e/ou colégios religiosos. Ainda segundo a Fundação Jô Soares em favor dos menores (de 180 kg) carentes, esses locais são praticamente criadouros de gordinhos perdedores, só que com uma incidência muito maior de pederastia e até alguns casos promissores de socio e psicopatia aguda.


Mas como se forma a mente do gordinho tarado perdedor:


É basicamente assim, se você tem um filho, não pode dar muita atenção a ele (ou simplesmente não quer, já que ele é um grande perdedor fedido a queijo) e ele estuda num internato religioso, ele provavelmente irá masturbar padres aos 13 em troca de revistas pornôs e vai perder as mesmas revistas para o valentão da turma 15 minutos depois. Aos 20, ele já vai ter desenvolvido toda a sua massa corpórea e não será mais ameaçado fisicamente (só psicologicamente). A partir daí, é quase certo que ele vá querer ser Jornalista ou trabalhar em Comunicação para ser roteirista de quadrinhos, isso porque ganhar dinheiro com Informática é um clichê reservado apenas para os nerds pervetidos magros de óculos, e é um mercado bem saturado, diga-se de passagem. Mas como seu filho estudou numa boa escola molestadora é quase certo que ele passe no vestibular, mas isso com muito esforço porque o gordinho tarado pervertido também é burro como uma porta.

Em sua mente só existe espaço para 3 coisas: preparar coisas mirabolantes para comer (geralmente misturas que são nojentas [e letais] para o resto da população), maneiras mirabolantes de como pegar mulheres e o famoso espaço para o Universo Nerd, dado que já foi provado pelo Instituto Neurocientológico Industrial Light and Magic. De acordo com eles, o Universo Nerd ocupa exatos 61,6 % da cabeça de todo Nerd, não importa qual seja sua denominação, raça ou credo. Já o cérebro do nerd magro de óculos é formado pelo espaço nerd e outros 39,8% só para planos mirabolantes para pegar garota, o que neste caso inclui o enriquecimento com Informática. Sendo assim, a única e verdadeira arma a seu favor do gordinho nerd é o mais clássico de todos os clichês: o “humor dos gordinhos”.

Ninguém sabe contar melhor uma história do que um gordinho. Mesmo a sua própria que pode parecer extremamente deprimente pode ser bem engraçada na mão do gordinho certo. Existe até um grande cânone da Igreja Baconiana de Homer Simpson do Último Dia que diz “você quer saber quem é a única pessoa que transa menos do que um gordinho tarado perdedor? R: Um gordinho tarado perdedor sem graça.”

Ou então, nas palavras do gordinho tarado perdedor mais famoso dos EUA atualmente, o ator e roteirista Seth Rogen, “cada mulher tem pelo menos uma noite de bebedeira louca e desenfreada na qual ela comete o erro de transar com o primeiro desconhecido que ela vir. E se nós dermos sorte, podemos ser esse erro”. Essas palavras estão no filme Superbad, co-escrito por Seth Rogen, e ditas pelo personagem do ator Jonah Hill, que é praticamente o sósia do Rogen e interpreta um personagem praticamente biográfico chamado, não por coincidência, de Seth.

Esse filme, considerado (por mim) a Bíblia sobre assuntos adipo-sexo-deprimentes, mostra um retrato fiel de como funciona a mente do gordinho tarado perdedor em seu estado pré-adulto. E os perigos que podem acontecer se essa raça não for erradicada em seu estagio inicial. Afinal, quem vai querer uma nação inteira criada por gordinhos tarados perdedores preguiçosos?

Tenho um em casa. E agora?!

Só há duas maneiras conhecidas pelo homem de erradicar um gordinho tarado etc etc etc. A primeira foi experimentada por Ben Stiller em um de seus primeiros filmes que até hoje passa no SBT. Conhecido como Pesos Pesados (1995) quando passou anteriormente na Globo, no canal do baú o filme virou um Acampamento da Pesada. A idéia dos caras e que funciona em países super do bem como China, Irã, Rússia e Inglaterra é jogar os gordinhos nos trabalhos forçados e assim fazê-los emagrecer na marra. O único problema dessa história é que quando os gordinhos vêm seu direito ao ócio e a preguiça cotidiana ameaçado, o mecanismo de defesa imunológico escondido na banha aciona a glândula gorditis obesis que libera uma substância que os faz ficar mais inteligentes e instaurarem uma rebelião (como aconteceu no filme).


O jeito mais garantido de se livrar de um moleque obeso na sua casa, sem ter que matá-lo e enterrar no quintal o que daria muito trabalho por causa do peso e do mau cheiro (se vivo já cheira mal!!!), é arranjar uma mulher para ele. É batata! Bota uma mulher na frente dele – contrate uma empregada novinha e gostosinha (que assim você pai pode aproveitar também, NICE!), case de novo com uma mulher que tem filhas adolescentes, ou simplesmente vista-o de mulher e o coloque num colégio feminino – que as mudanças vão aparecer logo nos primeiros momentos com postura, educação, vestuário e higiene (esse mais gradativamente). Isso porque o ponto fraco de todo gordinho perdedor é se apaixonar pela primeira mulher que falar um “oi” para ele. É triste, mas é verdade!

*Zé Messias é roteirista do programa Supernanny e escreve quadrinhos nas horas vagas. Ele também não tem motivo nenhum para colocar essa foto aí embaixo, além do prazer sádico de ver seu maior fetiche (Sophia Bush [sem parentesco] sentar no meu colo) sendo realizado por outro. O que lembra a outra caracteristica básica dos gordinhos, a perversão solidária. "Eu não tô comendo (mesmo porque eu nem saberia por onde começar), mas pelo menos alguém tá pegando ela de jeito".


domingo, 7 de junho de 2009

A guerra das calcinhas – crônicas sobre mulheres e esporte

No meu tempo, mulher e futebol só se misturavam se fosse rolar aquele boquetinho esperto no intervalo do jogo. No entanto, Marta, Formiga, Mia Hamm e Prinz provaram que isso não estava de todo certo. Aí, me vem as meninas da FCS e colocam tudo a perder novamente. Não me entendam mal, eu adoro futebol feminino. As matadas de peito, as entradas duras, a marcação traseira e, claro, a comemoração do gol – quando a artilheira tira a camisa e vai para a galera.

Duplo sentido a parte, o futebol feminino, quando bem jogado, é tão divertido quanto aquele dos marmanjos feios, barbudos e suados (pensando bem, o feminino, mesmo mal jogado, é melhor). Como na FCS o que não falta é marmanjo feio, barbudo e suado e são eles quem detêm o monopólio esportivo, nada mais justo do que um Interperíodos Feminino para equilibrar as coisas. Afinal, nada melhor do que umas peladinhas para alegrar a galera.

O primeiro confronto se deu num duplo desafio entre o Ugh! (1º período) e o Deu Velha (3º). Veteranas e calouras travaram uma batalha sem par, dentro e fora de campo. Obviamente, em se tratando de futebol feminino não poderia deixar de ter racha, quero dizer, rixa. Teve até veterano torcendo por calouro ao invés do próprio time. Fato inédito em toda a história FCSiana. Munidos de tambor e muito gogó as torcidas fizeram muito barulho, conseguindo ser mais irritantes do que aquele grupo Celebrare. Ainda mais quando algum sem-mãe infeliz puxou um tal de "Xu xu xu,xa xa xá,os amigos do Xuxa vão te pegar !". Nessa hora meus tímpanos que sobreviveram a Ozzy Osbourne, Marilyn Manson e Iron Maiden pegaram um vidro de antidepressivos e tentaram o suicídio (só para constar, eu fiquei com uma baita dor de cabeça no dia seguinte, mas podem ficar tranquilos, porque já estou bem).



Se fora de campo a disputa tava acirrada, dentro de campo a coisa foi um pouquinho diferente. O Ugh! parecia a empregada da Luana Piovani na mão do Dado Dolabella e a trolha só não foi maior por causa da meia armadora ofensiva Daniela Alves. Ela que joga na Seleção de campo, veio para o salão só para dar uma ajudinha para as calouras. Além de fazer o gol, também deu o passe para o gol da atacante Oliver Tsubasa. A jogadora oriental foi a atração da tarde, e seguindo a tradição da faculdade, chamou a atenção tanto dos meninos quanto das meninas. Mas nem elas conseguiram superar as deficiências do esquema tático do “menino narigudo”, o mais próximo de um técnico que as meninas do Ugh! conseguiram arranjar.



No lado das carrascos, um dos destaques foi o esquema ofensivo criado pelo técnico Ciro, o poderoso 1–2–Freimann, o carrossel de um homem uma mulher só. A atacante/goleira/meia/zagueira/copeira/diarista tirou vantagem por ser a única que fazia uma mínima idéia do que fazer numa partida de futsal. Nessa hora, lembro que pensei três coisas: “ainda bem que as meninas da minha turma não vão jogar”, “tenho pena das coitadas do Hooligans” e “por que o Guilherme não contratou essa menina para o Laranja?!”.

Handebol

E a carnificina continuou no handebol feminino. Ou melhor, só handebol, porque handebol feminino é redundância. O queimado de rico também fez parte das celebrações esportivas. E sea intenção era igualar um pouco a disputa, vou logo avisando, NÃO DEU CERTO. A empalação coletiva continuou. Dessa vez com a bola na mão.

Pelo menos, a esfregação que já tava boa ficou ainda melhor. Mão no peitinho e peitinho na mão. Tapa na cara. Unhada e tudo mais. Parecia até o Superpop®. Teve uma hora que uma jogadora do Deu Velha levou um “vem cá meu puto” de uma adversária que até me deixou excitado. Foi lindo! Me lembrou até um pornô tcheco dirigido pela Beladona.

Não sei qual foi o placar, porque definitivamente tinha coisa mais importante para prestar atenção, mas sei que foi uma grande diferença. O Ugh!! sentiu falta do dedo firme de um técnico, uma vez que seu treinador de futebol “Aquele menino narigudo”, não entendia nada de handebol. Para falar a verdade, nem ele, nem eu, nem as jogadoras e muito menos os árbitros.

Durante a partida, algumas caras novas deram lugar às atletas que estavam cansadas ou só de saco (???) cheio. Uma delas é Dani, a Naja, que joga direitinho, nada demais, mas esse apelido, sem dúvida o mais sexy da competição, tinha que ser publicado aqui. Qual será sua origem?

Por falar em origens misteriosas... qual a história por trás da inscrição “Lado B” na camisa do Deu Velha? Seria uma homenagem ao BBB? Ou de acordo com as próprias jogadoras, uma forma delas saberem qual o lado de trás da camisa, já que elas não são muito espertas? Essas e muitas outras respostas na próxima edição do Interperíodos 2009.1, só depois do feriado.

*Zé messias é semeador da discórdia profissional, atleta de Satã e já foi cotado para o lugar de Márcia Goldschmidt. Ele também é o autor de Best Sellers como “Quero ser Galvão Bueno”, “O declínio da Patria das marias chuteiras” e “O segundo pau: a história das bolas na trave”.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Os Cults, os blogs e as gueixas

Eu tenho calouro chamado Balu (você quis dizer Bauru, Word sobre essa palavra). Ele tem um blog chamado Corra Mary, o qual ele divide com algumas garotas bem gostosas, virtualmente falando. Digo isso porque nunca vi nenhuma delas, nem sei quem são, mas elas têm uns avatares bastante aprazíveis, principalmente o da menina que dá nome a tal página. Até onde eu sei, elas podem ser um bando de gaúchos barbudos teclando de alguma sauna mista da vida (o mais provável), mas quem sou eu para julgar.

O Balu que se chama Pedro tem uns textos bem divertidos, felizmente ele não tem nada a ver comigo, e consegue ser mais engraçado do que metido...a Zé Graça. Num texto em particular ele tava falando sobre a feiúra dos cotovelos e logo no início os comparava ao pessoal que frequenta o Norte Shopping – a princesinha da Zona Norte. Obviamente, ele nunca foi ao Madureira Shopping, Bangu Shopping ou no Center Shopping (4 lojas numa galeria de Vila Valqueire), mas ai já é covardia. Eu, claro, tomei como ofensa pessoal. Pode falar da família toda (que aliás, é freqüentadora assídua), mas num mete o shopping no meio!!! Também lembrei que não é só ele que fala isso. Já ouvi essa mesma piadinha em salas de aula, congressos acadêmicos, academia, mesa de bar e até num enterro.

Então, eu resolvi tomar uma atitude de homem (H-O-M-I) e contra-atacar. Porque teve uma vez (única vez meesmo) que fui no Shopping da Gávea e durante toda minha passagem por lá fiquei confabulando este texto.

A primeira coisa a se perguntar aqui é: o que raios eu fui fazer no shopping da Gávea? Afinal, a Gávea está aqui para a Montanha da Morte assim como...como... como a Gávea está para qualquer lugar que não seja o Leblon, ou seja, é longe. Eu só fui lá mesmo por um motivo: Festival do Rio. Afinal, nenhum jovem pseudo-intelectual que se preze pode perder este grande evento cinematográfico. Tava até pensando em fazer um texto sobre isso, mas aí desisti porque ele não ia ser nada Cult.

Sinceramente, eu nunca tinha ido ao Festival. Justamente porque acontece (predominantemente) na Zona Sul e eu não gosto de lá (outra coisa sobre a qual eu poderia fazer um belo texto. Na verdade, eu não gosto da Zona Sul, da Zona Oeste, do Centro, da Baixada e de alguns bairros da Zona Norte como a Tijuca, se bem que deste último só quem gosta são os próprios tijucanos. Porque se a Tijuca não existisse, eles não poderiam reclamar dela).

Voltando ao Festival... calhou de na época eu estar fazendo um estágio no caderno cultural da Tribuna da Imprensa (meus pêsames), o TBis e assim eu recebi meu passe de imprensa. Serinho, o melhor jeito de assistir um filme é de graça. Claro que não era de graça, pois no dia seguinte eu me mataria para tentar escrever algo sobre eles. Mas no geral, o mais importante é a diversão.

Mesmo tendo que manter minha pose de crítico de cinema renomado, eu o fiz de uma maneira bem Nerd de raiz. Nada de filmes franceses ou qualquer coisa européia, porque isso é coisa de viadinho. Parti logo para o evento mais Nerd do Festival, a mostra em homenagem a Imigração Japonesa. O melhor jeito de pagar de crítico erudito e ainda ver alguns animes (desenho animado, para os leigos).

Só que dos 20 filmes da Mostra só dois eram animes, e um deles foi cancelado – o mais legal, diga-se de passagem, Ponyo on the cliff by the sea ou Gake no ue no Ponyo ou só Ponyo mesmo. Além desses, mais 3, dos 4 que eu queria realmente ver, foram cancelados também, só me restando os filmes chatos para dédeu e os de samurais e gueixas. E como essa era uma mostra Cult, eles não podia ser clichê e passar Akira Kurosawa, não eles que falam “creme de La creme”, como se fosse “tranquilinho”. E assim, fui ver o filme de gueixa, o que nos traz de volta ao Shopping da Gávea.


Não sei se vocês sabem, mas se você quer ver sofrimento, mas sofrimento de verdade, você tem que ver um drama japonês. Se for histórico, a tristeza parece que duplica. E se for de gueixa, é o triplo do anterior. Imaginem então um drama histórico sobre a vida de uma gueixa. Caralho, é lagrima que não acaba mais. Você presencia humilhação e desprezo pelo ser humano em níveis nunca vistos, pelo menos no Ocidente. Num momento a mulher tá apanhando, no outro ela tá no enterro do primogênito, ela apanha mais um pouquinho e o filho mais novo vai para guerra com o pai. O marido perde a perna e o filho perde os braços. Pelo menos agora ela não apanha mais, mas ai precisa se prostituir para botar comida na casa. Nessa parte vem o desprezo, por parte do filho e do marido. Isso se repete algumas vezes até que no final ela se mata. E pior que todos os filmes do gênero são assim, só que com menos ou mais porradas, e muita ou pouca prostituição.

E o shopping nisso tudo? Bem, para começar assim que eu cheguei quase dei uma trombada na Ingrid Guimarães®. Quando, entrei realmente no prédio me assustei com a quantidade de pessoas de terno fazendo uma social num Café. Aliás, dava para fazer um manifesto inteiro sobre pessoas que freqüentam Cafés. Para se ter uma idéia, só passando para tentar achar as escadas rolantes eu ouvi a seguinte frase: “ah, dá mais ou menos uns 90 mil reais”. Se eu estivesse em qualquer outro lugar, teria parado imediatamente e olhado para trás, mas não podia quebrar a minha pose de freqüentador assíduo. Então, reunindo todas as minhas forças, continuei andando. Outra coisa irritante é o fato deles tentarem esconder qualquer coisa que lembre de longe suas origens humanas. Como o mero detalhe da escada rolante que eu só achei depois de meia hora procurando. Claro que posso estar errado, já que estou escrevendo isso uns oito ou nove meses depois de ter estado lá, mas eu nunca esqueço um shopping.


Isso sem falar do banheiro que te dá bom dia e parece ter sido projetado para ser mais bonito do que qualquer outra coisa dentro do shopping. E o povo de lá, ou melhor, povo não, porque eu posso estar ofendendo alguém. Eu vi All Star’s reluzentes o suficiente para re-cegar um cego e quase fiquei tonto de tanta estampa quadriculada que aparecia na minha frente. ALÉM DO MAIS, ONDE JÁ SE VIU UM SHOPPING QUE TEM MAIS TEATROS DO QUE CINEMAS. Vai te catar!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!1

*Zé Messias é um notável crítico de cinema e um notório espírito de porco. Mas ele não tem gripe suína. E prefere ser um pesquisador numa Academia chata do que um Jornalista numa Imprensa suja e mal lavada.

domingo, 26 de abril de 2009

O futebol


Ser torcedor é vibrar com cada lance como se fosse um gol

Chorar pelo gol de empate como se fosse o da final de campeonato

E comemorar a final do campeonato como se fosse o nascimento do seu próprio filho

Agora, eu entendo.



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Resumindo, hoje eu fui ao Maracanã

segunda-feira, 13 de abril de 2009

O que te faz sentir realmente vivo? II

Para quem não se lembra, há um tempo atrás fiz um post para lá de "aviadado" e deprê sobre minhas aspirações profissionais e planos futuros em geral. Sobre como não tinha achado algo que me desse tesão de fazer e talz.
Mas sabe como é, né? No 7º período da Faculdade você já está meio desanimado com a profissão, com a vida e tudo o mais. Pensando em mudar de carreira, cometer suicídio, ou pior, dar aula.

Mas, para a minha sorte, quando eu já estava entregando os pontos apareceu aquela luz salvadora que me levou para a direção certa.
Essa luz se chama Mr. Catra.


Sem a mínima intenção, o Dalai Lama brasileiro, Papa (dor) Carioca, Guru das Massas, Paulo Coelho sem a malandragem, conseguiu me mostrar o Caminho.
Em mais um minuto de pura sabedoria, o grande Catra me deu um grande motivo para continuar tentando.

“Eu só faço essa merda pra tirar unzinho e faturar umas mamadas 0800.'



Paulo Coelho que se cuide!

sábado, 11 de abril de 2009

A nova onda do Imperador


Acho que pela primeira vez na vida, não só entendi o que um jogador de futebol quis dizer, como também concordei em gênero, número e grau. E este é um fato sem precedentes, pelo menos para mim. Isso porque uma das minhas “missões” enquanto pobre (pseudo) intelectual brasileiro foi ridicularizar tais indivíduos (?), uma vez que eles preferiram negligenciar os estudos e uma vida culta (e miserável) em favor da esperança vã de fama e dinheiro. Idiossincrasias a parte, acho que sempre me ressenti dos jogadores, porque no fundo eu pensava que esse era o sonho dos meus pais: ter um filho jogador (com fama e dinheiro, óbvio). Sonho que não pude realizar, pois nunca gostei de futebol (e nenhum outro esporte) e mesmo se gostasse nunca soube chutar latinha quanto mais uma bola. O que é muito irônico em muitos sentidos. Principalmente, porque o meu Paps até tentou jogar (era um grande beck na sua época), mas meu Vôvs nunca deu força porque queria que ele estudasse.

Além disso, nunca entendi como as pessoas (do Brasil) de maneira geral levam o futebol tão a sério: torcendo e principalmente jogando. Quem diz que brasileiro é um povo muito acomodado nunca jogou uma pelada de fim de semana ou um rachão na hora do recreio. Juntando tudo isso já deu para ver que considero os jogadores os seres mais desprezíveis da face da Terra. O que, curiosamente, não me impediu de torcer para eles agora que sou mais velho e entendo um pouco mais a graça do futebol (mesmo não conseguindo assistir a uma “partida inteira”). Só que este desprezo/rancor/chacota começou a mudar. Porque graças a figura quase mitológica do Magnífico Obina, o futebol se tornou divertido e ouso dizer até respeitado por minha pessoa.

No entanto, até quinta, minha opinião de que os jogadores eram todos burros de carga ignorantes que só sabiam seguir o dinheiro amarrado por empresários a 20 cm de seus focinhos não tinha mudado. Foi só quando li a respeito da decisão de Adriano de se afastar do futebol que eu passei a ver o ser humano por trás da máquina. Apesar da chacota da mídia em geral (o que me deu um pouco mais de nojo da minha futura profissão) e da série de especulações mais do que levianas a respeito de álcool, drogas, influências criminosas, etc. Qualquer um que prestasse bastante atenção aos depoimentos do cara ia ver a sinceridade que tava ali. Claro que aquilo podia ser resultado de algum treinamento feito com algum desses relações públicas metidos a besta, mas sei lá, acho que não dá para fingir a total e completa desolação. A imprensa (malditos somos!!) caiu de pau, óbvio?! Favelado, mesmo sendo rico, não entra em crise, não pode pensar na vida, ou melhor, não pode/sabe pensar. Isso é uma hipocrisia do cacete, porque se fosse o Kaká, que morava bem (e agora melhor ainda), as pessoas só iam dizer que ele tá com saudade da família e dos amigos. Mas com o cara é lá da quebrada, as pessoas só leem, “Adriano foi para favela”, “Adriano desapareceu na favela há duas semanas”. Ninguém lê, “Adriano voltou para casa”.

Como eu disse no começo, ele tá totalmente certo. Não descarto a possibilidade de estar interpretando tudo errado, mas o Adriano fez o que eu (e muita gente), há muito tempo, tenho vontade de fazer, mas não tenho nem os meios ($$$) nem as bolas para tal. Ele olhou para todo mundo e disse. “Para (verbo) o mundo que eu quero descer, porra. Essa merda já perdeu a graça!”. Ah, como eu queria dar uma parada e simplesmente ignorar tudo e todos. Parabéns, Adriano. Tô contigo e não abro.

sexta-feira, 27 de março de 2009

Recordar é viver

Estava eu assistindo MTV, algo que voltei a fazer depois de alguns anos (2 ou 3, acho), e me deparei com clipes de algo que parecia ser Hardcore, Trash ou adjancências e ainda por cima brasileiro, isso às 9h e pouco da manhã. Como eu voltei a assistir justamente porque eles reformularam a grande e agora praticamente só passa clipe, deixei lá. Tocou Maldita, banda que se não me engano abriu para o Marylin Manson ano passado. O clipe deles era bem foda começando como um micro-documentário (?) sobre a cena rock da Rocinha. Confesso que a música não é bem o que eu estou acostumado, mas a letra pelo menos era igualmente foda, como o clipe.

Aí, fui dar minha cagada matinal antes do café e desliguei a TV. Quando volto, 45 minutos depois. Tendo lido 3 capítulos de um livro da faculdade que eu deveria ter lido no semestre passado, "religo" a tevê.

Só que ai já mudou o tema. E aparece o pessoal do Barão Vermelho pedindo um clipe deles mesmos, a música era aquela do Erasmo, "Pode vir quente que eu estou fervendo". E é nessa música que eu começo a recordar do passado. Eu lembrei que quando eu estava no ginásio me ensinaram uma "versão suja" dessa mesma canção. Fiquei tão absorto em minhas memórias da 5ª série que quase nem reparei no cabelo mais do que bizarro do Frejat que mais parecia o Biro Biro.

Ah, a letra da singela canção que meu coleguinha de classe cantou era mais ou assim:


SE VOCÊ QUER TRANSAR
E ACHA QUE MEU PAU É PEQUENO
SE ENGANOU MEU BEM
VAI ALISANDO QUE ELE VAI CRESCENDO!


PS: Esse textículo foi só para o blog não ficar totalmente às moscas. Esse hiato de um mês justamente quando eu tava engrenando numa "periodicidade" maneira é culpa dos milhares de trabalhos que recebi na Uerj. Isso porque o período 2008/2 só acabou no dia 13\03.
Enfim, eu venho tendo ideias mirabolantes para os próximos textos, mas tá tudo muito cru. E eu tô com muita vontade de não fazer nada também. Mas, vocês, meus fiéis 2 leitores não precisam ficar preocupados, logo, logo, estarei de volta com maravilhosos textos sobre o mês da mulher no Peristálticos, mais um Intercom (congresso de comunicação) e muito provavelmente uma pá de coisa sobre a minha monografia.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

A festa dos dalits

Enquanto meu amado Rio de Janeiro fechou para balanço e só volta ao normal na segunda, dia 30, para curar meu tédio por causa desse Carnaval que não passa, me diverti horrores com o Oscar (sim, eu adoro aquela maldita cerimônia de 3 horas e meia, cheia de gente esnobe, não-gostosa, vestidos caros [e feios], mau-gosto e dinheiro jorrando privada abaixo). Minha felicidade só não foi maior porque como sempre o filme para o qual eu tô torcendo nunca ganha. Fora isso, tem também o fato de aqui no morro-gato não ter como colocar SAP na TNT® e assim eu perdi metade da transmissão. Isso porque com a tradução simultânea obviamente se perde metade da fala das pessoas, já que os caras decidem traduzir justamente enquanto as pessoas ainda estão falando. E assim eu perdi todas as punch lines e piadas. Mas esse é o preço por pagar 20 ao invés de 220 reais por mês.

Voltando a premiação...parece que os 5800 velhinhos decrépitos que votam para escolher quem serão os ganhadores se empolgaram bonito nessa história de diversidade, presidente negro, origens africanas e o “escambal”. Porque só isso para explicar o Oscar® desse ano, o de número 81, ou melhor, o Oscar da Diversidade. Isso porque em meio a tantos bons filmes americanos e/ou pelo menos civilizados como “Milk” (meu favorito), “Benjamin Button” (o do Brad Pitt), “O leitor” (anglo-germânico), “Frost/Nixon” (meu segundo favorito) e “O lutador” (norte-americano por excelência), eles resolveram, só de sacanagem, premiar o “filme indiano” dirigido pelo Inglês Cabeção da testa Ambulante, “Slumdog millionaire”. Tá certo que o filme é interessante, eu diria até muito bom, mas não precisava ganhar TODOS (8/10) os prêmios. Por isso que eu digo, FOI MARMELADA. Isso sem contar a enxurrada de filme japonês, francês, israelense que concorreu e o documentário americano sobre uma menina indiana (eles de novo) com lábio leporino que também ganhou uma estatueta dourada. Até a Penélope Cruz que nunca ganha nada, fazendo um filme do azarado-mor Woody Allen, venceu como melhor atriz coadjuvante e olha que ela fala espanhol misturado com o inglês o filme todo e NINGUÉM entende porra nenhuma. O negócio tava tão diversificado, cheio desse espírito de aceitação de uma “nova ordem social” que até um maluco morto ganhou Oscar, ainda por cima um australiano, onde já se viu isso?! Claro que foi o meu lindinho Heath Ledger como Coringa, mas sinceramente, qualquer um ali poderia ganhar, eu mesmo nem tava torcendo para ele. Preferia o Philip Seymour Hoffman, o Michael Shannon ou até mesmo o Josh Brolin, mas quem ouve a razão quando está em jogo a possibilidade de deixar a Academia bem na fita. Isso porque não é só aqui que ninguém dá a mínima para o Oscar. Lá é exatamente a mesma coisa, sem tirar nem por.

E por falar em Josh Brolin, quando que “W.” (o filme sobre o Bush) vai sair por aqui? Pelo que eu entendi, ele já até saiu em DVD por lá, será que ele é muito ruim? Na minha opinião isso é culpa desse sentimento antiamericano que se apossou da América (do norte), eles realmente não querem saber de nada que lembre, nem de longe, o governo Bush e toda aquela fama de “valentões do mundo”. É por causa disso que esse “Slumdog Millionaire” (o favelado milionário na tradução literal) está em alta. Ele simplesmente representa uma outra visão do mundo. Algo que todo mundo tá cansado de saber e pelo menos, eu, que sou favelado e brasileiro, não achei nada demais. Mas, aparentemente, os EUA nunca tinham visto nada como isso e daí vieram as 10 indicações e 8 estatuetas. Porém, não me entendam mal, eu até gosto da pobreza, ou melhor, das representações da pobreza no cinema. Elas realmente dão belos filmes, cheios de superação e tudo mais. E ainda por cima, propagam o meu lema de vida: “a gente se fode, mas se diverte”. Mas é só isso. Nada demais. A história do rapaz pobre que vence o show do milhão indiano é bem bobinha, isso sim. “Cidade de Deus” dá um banho no “Slumdog”, por exemplo, a diferença é que no primeiro a parada é mais embaixo, precisa ter Estômago para ver “Cidade de Deus” porque aqui “a gente se fode muito mais e talvez não viva para se divertir (embora consiga dar uma escapadinha)”. Enquanto o “Slumdog” é feito puramente de fantasia. O próprio Cabeça falante, Danny Boyle, disse que é um conto de fadas.



Por isso que eu digo, quando o Oscar está em sintonia com a Globo® não pode sair nada de bom.

OBS: E o que foi aquela pelação de saco na entrega dos prêmios por atuação. Totalmente desnecessário. Parecia até festa de 15 anos. Foi algo mais ou menos assim. “Fulaninho, você representou muito bem um drogado, matador, assassino e estuprador. E nos mostrou que ainda existe bondade no coração da humanidade, blá, blá, blá”. Totalmente brega. Só valeu pela Whoopi Goldberg e Cuba Gooding Jr. fazendo umas piadinhas ao falarem da Amy Adams e do Downey Jr.

OBS²: O tema religião também fez parte do Oscar da Diversidade.Foi realmente irônico. Uma hora ia maluco indiano dizer que “Deus é grande”. No momento seguinte, um outro dizendo que “deus é uma merda”. Ou, “que a gente devia parar de ficar se matando por causa da porrada de deusesinhos que a gente cultua”. E aí de novo, vinha o indiano dizendo que “Deus é grande”. O que prova que esse negócio de politicamente correto, além de ser chato, também é extremamente confuso.

OBS³: O que me surpreendeu mesmo foi a apresentação do Hugh Jackman - escolhido o mutante mais sexy do mundo no ano passado. Quando descobri que ele seria o host em dezembro, eu fiquei realmente decepcionado por eles quebrarem a tradição dos hosts comediantes, que realmente alegravam a noite do Oscar. Mas até que não foi nada mal e aquela coisa do showman é bem legal. Aparentemente era uma tradição que havia sido esquecida. No entanto, eu preciso defender a classe (a dos comediantes, antes que me perguntem), e dizer que ainda prefiro um bom humorista apresentando o show do que um ator/showman cantando, dançando, sapateando e/ou se contorcendo no palco. Nada contra, só que eu prefiro as piadas. Este ano, foi particularmente sem graça, se comparado aos anos anteriores. Os comediantes estavam lá, mas só em participações módicas. Eu posso contar nos dedos o que foi realmente engraçado. O final do número de abertura com o Hugh Jackman se chamando de Wolverine, a Whoopi, o Steve Martin, o Jack Black, e claro, meu ídolo e esperança de sucesso no futuro, Seth Rogen. Ele e James Franco no vídeo do parceiro (criativo) deles o Judd Apatow foram o ponto alto da noite. Agora que o grupo do Ben Stiller, Owen Wilson e Vince Vagh perdeu a graça, eles são meus novos deuses da comédia em Hollywood. Isso sem falar do Adam Sandler e do Jim Carrey que estão deixando muito a desejar. Caralho, bolei agora. Vou mandar um email para Academia exigindo que o Seth Rogen apresente no ano que vem, vai ser fodástico. Se bem que aí, eles iam avacalhar total com o Oscar e ia ficar parecendo o prêmio da MTV, mas que se foda.


*Zé Messias é um pomposo crítico de cinema. Leia somente em www.cinetotal.com.br. Ele também vende pipoca nas horas vagas e se acha o rei da cocada preta e o “o do borogodó”. Se acha superior porque sempre torce para os filmes que não ganham (Brokeback Mountain em 2006, Miss Sunshine em 2007, Sangue Negro em 2008 e Milk em 2009). Ele não está nem ai para os desfiles das escolas de samba e quer mais que alguém caia duro na avenida para eles interditarem aquela porra...brincadeira. Zé Messias também é o autor dos Best-sellers “Para aguentar o Oscar”, “Para aguentar o Carnaval” e “Como falar dos filmes que não vimos”.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Carnaval 2009 não é aqui, é na Globo

Eu sou um cara do contra. Muito do contra mesmo. Eu sou tão do contra que mesmo não sendo irmão mais novo eu sou do contra. Tenho como lema não gostar de nada que todo mundo goste e não fazer nada que todo mundo faça. Mas não para discordar pura e simplesmente, eu só não consigo ser assim e pronto. Acho que já deixei mais do que explicito aqui, mas não custa nada lembrar, uma vez que eu não tenho um post propriamente dito para escrever. Até agora na minha lista de desgostos (desgóstos) estão: praia, viagens longas de ônibus, qualquer viagem turística, festas que não envolvam rock ou pessoas que eu goste muuuito, BBB, livros de auto-ajuda, burrice, estupidez, novela, sol, gente sem senso de humor, gente que se ofende facilmente, gente fresca, toda e qualquer pessoa que eu ainda não conheci, Paulo Coelho, bons modos, regras de qualquer tipo sobre comportamento, Ano Novo, o ritmo do funk (das letras eu gosto), coisas diet, coisas lights, coisas 0%, filmes com cachorros ou qualquer animal que fale, filmes sobre qualquer animal, exercícios físicos, gente “do bem”, gente que fale em receber “altas energias”, animais em geral, pessoas de 12 a 17 anos, TV aberta, férias (da escola, no caso, faculdade), filmes dublados, pagode, 99,5% do que se entende por samba, Simple Plan e etc., a Igreja Católica, e, claro, o Carnaval.

Embora eu finja muito bem no dia-a-dia, eu realmente não gosto da maioria das coisas que existem. Mas, a principal delas, que não tem mesmo como eu enganar, é o Carnaval. Sério mesmo! Não sei como as pessoas conseguem aguentar esse frenesi e esse desejo incontrolável de “se perder”, “cair na folia”, “sambar na avenida”. Esse tipo de entusiasmo forçado que impera nessa época quase me deixa muito irritado. Todo mundo age como se o carnaval fosse a época para perder a linha, ou se divertir sem culpa, sendo que todo eles já fazem isso durante o ano todo.

Não me entendam mal, eu gosto de ver os corpos semi-totalmente-despidos das “mulhezinha”, também é sempre bom apreciar um bom conflito entre bêbados armados com cacos de vidros ou um ocasional arrastão, mas isso acontece todo o ano no Rio de Janeiro e eu não preciso ficar aguentando sambas-enredo na minha cabeça.

No entanto, de um jeito ou de outro eu acabo participando do Carnaval. Acho que é esse o preço que se paga por ser um ser social. Pensando bem, o ano todo de 2008 e boa parte de 2007 eu fiz questão de experimentar todas as coisas que as pessoas normais fazem e eu nunca me interessei. Tarefa na qual eu fui bem sucedido. Uma vez que fui à praia num número considerável de vezes, segui pelos menos uns três ou quatro blocos, vi o samba na lapa e até dancei funk nas chopadas da faculdade. Porém, a conclusão dessas experiências antropológicas, não foi nem de longe animadora, primeiro porque eu realmente não diverti, e segundo porque me queimei feio na praia, fiquei com bolhas e até com o pé em carne-viva por seguir os blocos, roubaram meu celular na Lapa e entrei em coma alcoólico numa chopada.

Para o Carnaval 2009 eu só espero bem menos do que o 2008. Talvez uma peladinha ocasional para alegrar a criança (entendam como quiserem). Alguns trabalhos de faculdade atrasados para não sentir tanta falta da Uerj. E para me alegrar mesmo, sem ter que sair para muito longe de casa e tropeçar em algum bloco ou comemoração festiva estou pensando em fazer uma maratona de cinema. Tipo uns 3 ou 4 filmes em sequência sem tirar de dentro.

Para fechar mesmo dizendo que odeio o Paulo Coelho, essa música, se foi ele que escreveu- eu não sei -, é realmente muito boa. É uma música do Raul Sexas, mas como eles faziam meinha, musicalmente falando, nos anos 70 não dá para dizer de quem é a música.

Eu devia estar contente
Porque eu tenho um emprego
Sou um dito cidadão respeitável
E ganho quatro mil cruzeiros
Por mês...

Eu devia agradecer ao Senhor
Por ter tido sucesso
Na vida como artista
Eu devia estar feliz
Porque consegui comprar
Um Corcel 73...

Eu devia estar alegre
E satisfeito
Por morar em Ipanema
Depois de ter passado
Fome por dois anos
Aqui na Cidade Maravilhosa...

Ah!
Eu devia estar sorrindo
E orgulhoso
Por ter finalmente vencido na vida
Mas eu acho isso uma grande piada
E um tanto quanto perigosa...
Eu devia estar feliz pelo Senhor
Ter me concedido o domingo
Prá ir com a família
No Jardim Zoológico
Dar pipoca aos macacos...

Ah!
Mas que sujeito chato sou eu
Que não acha nada engraçado
Macaco, praia, carro
Jornal, tobogã
Eu acho tudo isso um saco...


*Zé Messias continua muito decepcionado com a vida como ela se apresenta. Principalmente, por ser um pobre menino da favela e não poder ir a concertos ou muito menos comprar CD’s de música clássica que custam em média exatamente o que ele ganha como bolsista da Uerj. Ele também sabe que não vai poder aproveitar em nada a Cidade da Música, a menos que lá tenha um albergue para quem mora longe e não tem como voltar para casa depois das 23h quando o 691 e o 690 param de passar nos FDS. E acima de tudo ele realmente não suporta o Carnaval.

OBS:Para o próximo post algo picante, talvez engraçado, possivelmente uma prévia para um improvável Zé Bengala.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Sexo com anões

Ha, ha, há, te peguei!! Se você é do bonde dos tarados pervertidos (como eu) que gosta de ficar procurando fotos e vídeos de sacanagem bizarros, você se fu... (como diria o presidente). Além de uma grande pegadinha, esse post só serve mesmo para subir o pagerank do meu querido bloguinho e também como uma piada interna que só o pessoal da minha turma de Tópicos Especiais em Comunicação II (e quem lê o Overmundo) entendeu.

Mas enfim, não é só para irritar meu séquito de fãs adeptos da pornografia, cyberporno e videoporno que eu fiz esse textículo, também foi para fazer um anúncio. Ou não. É que aproveitando o ensejo da sacanagem e de uma matéria do ilustre Meia Hora - o melhor jornal do País – eu (acho) decidi fazer mais um blog. Mas ainda não tenho certeza.

A tal matéria do Meia Hora é sobre o super mega hiper concurso da minha 2ª produtora (brasileira) de filmes pornôs favorita, a Sexxxy World. No qual o feliz ganhador (a) vai poder estrelar um filme pornô (meu sonho desde que eu tinha 12 anos e ficava acordado todo sábado para assistir Emmanuelle, no saudoso Gatas e Corujas, na época em que a Band ainda era Bandeirantes).

Naqueles tempos não existia internet, eu nem sabia o que era isso, e nem mesada tinha para que pudesse comprar Playboy, Planet Sex, Jumbo, Boazudas, Brazucas, Hentai World, etc. Então, o jeito era só sonhar e sonhar. Sonhar e polutar. E assim como Martin Lutherking, continuei com meu sonho. E disse para mim mesmo:

“um dia serei o melhor ator pornô que este País já viu”
Mas aí, o tempo foi passando e eu fui engordando e ficando melhor nos estudos. Aí, calhou de eu passar no vestibular para Jornalismo. E, do nada, descobri que era bom nisso (se você não concorda com esta oração não se manifeste) e acabei gostando de tentar ser jornalista.

E qual não foi minha reação quando vislumbrei uma possível realização de meu sonho de infância. Ah, a euforia! O êxtase! Não há melhor sensação no mundo do que saborear o doce néctar da possibilidade. Tratei de comprar o famigerado tablóide de 60 centavos e logo depois fui ao site da produtora, o www.sexxxyoworld.com.br. Já tinha até bolado meu nome artístico, Zé Bengala. No entanto, quando cheguei a Uerj com o jornal já gasto depois de ter lido a pequena matéria umas 500 vezes no trajeto subitamente murchei (no sentido figurado, claro, tenho 20 anos e muita saúde). Eu me lembrei que vida ator é foda (literalmente) e mudei de ideia. Afinal, ator pornô que quer se manter firme e forte nesse mercado competitivo de hoje tem que manter abertas várias opções de trabalho. E eu não tô afim nem de abrir e muito menos de manter aberta a minha opção. Existem muitas xoxotis no mundis pornozis, mas igualmente existem piruzis. E por mais que você se esforce ou quanto mais você tente evitar, algum (ns) deles vai inevitavelmente parar na sua bunda e isso definitivamente não é para mim. Além do mais, mesmo que as pessoas neguem, todo mundo sabe que viadagem é igual droga, experimentou uma vez, viciou.

Já estava desesperado, vendo meu futuro como Zé Bengala escapar por entre meus dedos cabeludos, quando me lembrei do preceito básico do Jornalismo. “Quem não sabe fazer, critica”. E pensei com meus botões (intactos, diga-se de passagem), por que não?

E assim, talvez, tenha surgido, meu mais novo blog, o Zé Bengala.

Imaginem só, as melhores críticas sobre melhor da sétima arte pornô hétero (óbvio!) e adjacências. Cobertura de eventos. Comentários sobre as novas produções. Enfim, o melhor tratamento para a ovelha negra das artes, da primeira a nona. O ramo que mais CRESCE no mundo depois do tráfico, o magnífico pornô. O que acham? Agora sim, podem se manifestar.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

O verdadeiro Black Power


Hoje, 1 de abril de 2009, Barack Hussein Obama foi diplomado presidente dos Estados Unidos da América. Que bizarro, né!!!! Independente das muitas habilidades e qualidades do negro mais poderoso desde Fernandinho Beira-mar (ou seria Beiramar), algo que me chama a atenção nesta transição presidencial, é o fato das pessoas considerarem o cara como o mais novo Messias Negro do pedaço (sendo que eu sou um Messias negro há mais de 20 e nunca ganhei nem uma mariola por isso, muito menos um cargo público). Mas falando sério, o que o Obama tem de mais?! Ele só é alto, inteligente, formado em Harvard, bonitão, sarado, liberal (cultural e economicamente), religioso sem ser fanático e ainda por cima tem um avantajado...carisma, provavelmente vindo do lado africano da família. Chega a ser assustador ver como o Obama vai falando e as pessoas simplesmente ficam boquiabertas. Veja o meu caso, por exemplo, para ter esse tipo atenção geralmente eu preciso abaixar as calças. E nem isso o cara precisa fazer.

Só mesmo vendo a cerimônia de posse e principalmente o discurso do meu camarada Borat Obama pude perceber a envergadura do talento desse homem e põe envergadura nisso. Isso porque enquanto ele ia falando e apontando cada um dos inúmeros defeitos da sociedade NORTEamericana a multidão de milhares de milhoes de pessoas apenas balançava a cabeça (afirmativamente). E mais, enquanto ele dizia que os EUA estavam abertos a outras nações e toda aquela baboseira sobre consumo consciente dos recursos do planeta, a última coisa que 92,56% da população estaduniense quer ouvir, o público parecia realmente estar concordando e mesmo quem não estava fingia muito bem. Até o Bush esboçou um sorrisinho quando a câmera focou nele, embora fosse claramente um riso de deboche. Ou na minha opinião um, “abraça a pica que agora ela é toda sua, neguinho”.

No entanto, o que as pessoas esquecem é que embora ele seja educado e “consciente”, ele ainda é um porco capitalista yankee estadunidense norteamericano e também está disposto a fuder com meio mundo (no sentido figurado) só para conseguir o que quer, ou melhor, “o que é melhor para a América (do Norte)”. Só que ao invés de guerras por petróleo segurança mundial ou retaliação contra futuros ditadores mais petróleo , os conflitos armados ocorrerão por razões politicamente corretas, como o desmatamento, a fome no mundo e os biocombustíveis ou algo mais próximo e mil vezes mais perigoso como a água. Vocês acham mesmo que o tio Obaminha não vai meter meia duzia de tropas de marines aqui assim que rolar a menor seca por lá?!



Por último, embora o Obama seja indubitavelmente foda e eu queira ser como ele só pela frase, "...um homem cujo o pai há menos de 60 anos talvez não fosse servido num restaurante local, agora está aqui na frente de vocês fazendo um dos mais sagrados juramentos (o de presidente, dah)”. Nossa gente, os brasileiros, não podem ficar dando mole só porque ele é gostosão, tem um carro bacana e é “bonzinho”, a gente não pode ser como minhas vizinhas. Porque as pessoas não devem se esquecer que (norte) americano bom só existe em filme norte-estadunidenses. E no final, tudo se resume ao que eu estava discutindo com meu maninho durante a cerimônia. Eu ainda prefiro o brasileiro, branco (tá mais para amarelo), pobre, burrinho (só na aparência), barbudo, rechonchudo e de língua-presa do que o americano, negro, alto, bonitão, etc ad infinitum.
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The Post Scriptum section

*Zé Messias é o proeminente cientista político, crítico de cinema renomado e antiamericano, com ou sem Obama, até a última gota de seu ser. Ele também é autor de best-seller como “A face escura do poder”, “Perigo no salão oval” e “Como se tornar o primeiro presidente negro do Brasil e viver para contar a história”.



OBS: Ah, a campanha do BBB continua, mas admito que tá foda. Zapeando os canais acabei vendo a cara de algumas pessoas, embora eu não faça a menor ideia de quem sejam. E o pior, a família aqui em casa não ajuda. Todo mundo gosta de BBB e até meu irmão que não liga para nada tá fazendo questão de assistir e comentar bem alto, principalmente quando está perto de mim, só para me sacanear.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Campanha BBB 2009

Olá, tudo bem?



Aqui é José Messias, seu blogayro mais querido da última década, de volta com o Peristáticos no primeiro post ao vivo de 2009. Isso porque todos os outros até agora eu fiz sobre coisas velhas e/ou ficcionais. Mas agora não. Agora, é hardnews na veia.

Todo mundo sabe que nessa semana começou o infame Big Brother Brasil 2009, e nesse ano tem gente velha, gente chata, gente gostosa, gente "malvada" (ou sincera, como eu prefiro chamar, gente boazinha (ou sonsa) e sobretudo gente vazia. Tudo como manda um roteiro, nesse caso, no sentido mais folhetinesco da coisa mesmo (quem ainda não percebeu que aquilo é armadão deveria tomar um teco).

Enfim...críticas pseudointelectuais a parte, o Peristálticos, como representante oficial de todo o lixo que existe na face deste lugar maldito que chamamos carinhosamente de Terra, decidiu fazer uma campanha aproveitando o mote desta nova edição do programa.

Esta minha campanha consiste única e simplesmente numa frase "Ignore o BBB e ganhe tempo de vida" ou apenas "IGNORE O BBB". E nela, eu irei justamente me fechar total e completamente para qualquer coisa que envolva este reality show das trevas. Sabe por quê?!

Obviamente é muito fácil falar mal do programa e qualquer um metido a intelectualzinho de meia pataca (como eu mesmo) consegue, mas o que ninguém fez é realmente deixar de ver esta budega e cortar relações totais. No meu caso, ver eu já não via mesmo. No entanto, para comprovar a veracidade do meu intento, vou sair de conversas sobre o dito cujo, deixarei de ler notícias a respeito, vou trocar de canal nos boletins ou de qualquer lugar que faça a menor menção a uma "Casa", e com dor no coração, também deixarei de olhar na net fotos dos "flagras" (totalmente propositais) das integrantes em posições indecorosas. Isso no máximo de tempo que eu puder, afinal de contas serei bombardeado por uma avalanche de informações. Porém, espero que ao final do tempo de exibição desta joça eu não saiba o nome de ninguém, nem o rosto e muito menos qualquer ação perpetrada dentro daquele recinto de perdição (perda da consciência pensante, diga-se de passagem).

Então é isso...

IGNORE O BBB você também e tenha uma vida mais saudável!!

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

2008 – O ano em que o mundo saiu do armário...

The Priori Section

Tirem as crianças da frente do computador e botem a almofada ortopédica em cima da cadeira, porque o Peristálticos tem o prazer de anunciar sua retrospectiva 2008. Um ano deveras interessante por sinal. Vou logo avisando que está é uma versão romanceada dos fatos e tem apenas pequenos laços com a realidade. Outra observação é o advento de subtítulos que servem de separação para aqueles que não agüentarem ler todo o texto de uma vez e preferirem pular para os assuntos que mais lhe interessem (como nas editorias de jornal). De fato, sou o único que comete esses suicídios blogstícos, já que até um macaco cego com um prego enferrujado na mão sabe que o tamanho máximo de um texto na internet é de uns 5 parágrafos. Enfim, divirtam-se e lembrem-se de passar o blog adiante. Porque esse ano eu quero o prêmio Ibest.

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Sem dúvida este foi o ano dos pronunciamentos bombásticos. A China deixou de ser puramente hétero para ser uma enrustida assumida. Chávez continuou sendo aquela drag escandalosa de sempre e agora ele arranjou companhia. Sua mais nova “colega” de profissão é um tal de Dimitri Medvedev, que outrora fora a putinha do Putin, mas que ultimamente tem tido vontade de dar seus próprios chiliquinhos pelo mundo. ATÉ CUBANOS mudaram levemente sua plataforma. Isso porque meu segundo barbudinho mais querido decidiu finalmente largar o osso e deixou o governo da Ilha da Fantasia para o Tattoo. Porém, o que deixou o mundo boquiaberto de verdade foi um certo criolinho gringo que ganhou as eleições para presidente da nação mais racista do mundo (depois do Brasil, claro – vai se fuder Ali Kammel). Mas isso tem explicação, a qual dar-lhes-ei durante a presente epístola.




E falando na terra do Tio Jackson, lá eles também resolveram desmunhecar um pouco mais e abriram as pernas tiraram a Coréia do Norte da lista dos países que fecham com o terrorismo malvado (existem outros). Se bem que nesse caso nem foi nada assim surpreendente, afinal todo mundo tá careca de saber que o tal presidente Tetra-Pak morreu há muito tempo. E quem secretamente preencheu seu buraquinho não é lá muito fã dessa história toda de Comunismo. E assim, fazendo o que eles sabem fazer de melhor, que é pelar o saco da China, as governanças norte-coreanas deciriam partir para o Consumismo mesmo.

Com a saída dos mano coreano do bonde dos alemão (não o país, porque esses são do fechamento imperialista), advinha quem voltou a elite da guerra fria mundial? A Rússia, ela mesma. Depois que Aquele Presidente Beberrão (não quem vocês estão pensando) gastou com vodka todo o orçamento militar do continente país levou mais de 14 anos, mas finalmente a Rússia teve uma ereçao bélica e agora tá podendo de novo. E todo mundo sabe, quanto mais você tá podendo mais você quer poder alguém. E com sede de testar seus novos brinquedinhos num trouxa qualquer o bonde do Medvedev resolveu barbarizar e atacar o primeiro trouxa que ele viu pela frente, ou no caso, ao Sul. E lá se foi a Ossétia do Sul. Nesse caso, a merda estourou mesmo porque a Ossétia é tao pequena que nem existe e acaba ocupando boa parte do país dos outros (ao contrário da Palestina que não existe porque é grande e boba). Umas dessas republiquetas que sobraram da URSS, tão importante que nem me lembro do nome. Só sei que ela ficou bolada com a Ossétia tentado avacalhar sua recém adquirida unidade nacional e resolver enfiar o pau nas pessoas da Óssetia. Só que ai, a Russia tomou o lado dos ossetianos e resolver barbarizar para o lado de sua ex-passiva (tudo dentro da Óssetia que acabou indo pelos ares). Até ai tudo bem, só a grande mãe Rússia exercendo sua sabedoria através da força, como faziam os antigos. Só que eles se esqueceram de um pequeno detalhe. Um livrinho de outro criolinho muito importante, que por acaso era até brasileiro, sobre uma pequena coisinha chamada Globalização. E assim, nem mesmo o primeiro meio milhão de corpos esfriou e já sairam fotos, vídeos, correntes, twittadas, paródias no youtube, posts de solidariedade no Orkut e até comunidades. Até eu aqui na favela já tava ligado e o tal do presidente Unimed nem tinha feito o pronunciamento oficial de que existiam boatos de guerra, mas que na verdade eram só gases (de uma grande reserva de petróleo encontrada no pré-azeite russo).


A porra toda começou a feder mais ainda quando se descobriu que o tal país onde de fato ficava a Ossétia tinha contexto com os EUA, se não me engano o nome dele era uma hoMENAGÉ a um dos estados de lá, uma até que tem ligação com Ray Charles, acho que é Massachusetts ou Connecticut. E aí, foi um tal de “A 3ª guerra mundial está vindo”, “Só Sarah Palin expulsa os comunistas das pessoas” que não está no gibi. Até que a Condolezza Rice rights – o homem forte da Casa Branca - teve que ir a público dizer que uma ofensiva contra a Rússia talvez por acaso pudesse ser usada em algum caso extremo. E foi só a “Benedita americana”, nas palavras de Agamenon, falar isso que geral peido. Teve até gente reconhecendo a Ossétia como país depois disso. O Brasil também ia entrar nessa, mas acabou reconhecendo a Krakosia por engano. Eles só ficaram na dúvida se mandavam a carta oficial para o Spielberg ou para o Tom Hanks.



Falando em ódio racial e ignorância, o ano não podia acabar sem um judeu Israel fazer uma merda. Depois da eleição do Hamas na faixa de Gaza (sem ser aquela de Manguinhos) e de um cessar fogo de seis meses, os israelenses não podiam deixar o ano acabar sem uma boa carnificina de palestinos. A quem diga que eles foram provocados e o pessoal do Hamas para comemorar o Ramadã atirou uns misseisinhos para o alto que pegaram acidentalmente em duas escolas judaicas. Os palestinos até pediram desculpas, mas os judeus seguem a Bíblia que só tem o Antigo Testamento, que, aliás, foi escrito por Chuck Norris, e lá você só pode desculpar mediante um sacrificio de sangue. O que na época do Hanukkah é multiplicado por 8, como o óleo dos macabeus, e acaba virando um banho de sangue.

No País

Realmente a bala comeu internacional e nacionalmente. Muita gente boa morreu, muita gente inútil sobreviveu. Muitas mortes chocaram o País, muitas mortes alegraram o Pais, e acima de tudo, muitas mortes encheram o saco do País. Engraçado é que estatiscamente o número de crianças assassinadas não aumentou muito, o que aumentou mesmo foi a cobertura pseudojornalistica das mesmas, como já dizia o velho Mangabeira. Se existia um rostinho angelical sendo desfigurado, seja por um fuzil, seja por uma queda de 20 andares lá estava o carro da reportagem. Nenhuma tragédia deixou de render seus picos de audiência. Nenhum pai, mãe, tio, avô, vizinha fofoqueira, amiga querendo ser modelo ou papagaio deixou de ser devidamente retratado... e explorado. A Justiça obviamente não foi feita. Mas pelo menos está todo mundo devidamente informado de que não há absolutamente nada a ser feito. E assim, as pessoas continuaram prestando atenção na TV ao invés de simplesmente ter uma aula de semântica e aprender que absurdos deixam de levar esse nome quando são super-expostos e que calamidade é um desastre tamanho que ninguém sobrevive para contar a história depois.

E onde ficam os pobres nessa história? Os pobres continuam na deles, sendo pobres. Desviando de balas todos os dias, se conformando, se endividando, elegendo presidentes e ocasionalmente fazendo uma churrascada com cerveja para alegrar o espírito. E como se não bastasse isso tudo, eles ainda são responsabilizados por todos os problemas da cidade. Porque é deles a culpa de não ter saneamento e escola onde eles moram. E todos os favelados são criminosos por associação ao tráfico de drogas. E mesmo com uma escolaridade quase nula, são eles que pirateiam luz, TV a cabo e internet, burlando diversos mecanismos desenvolvidos por engenheiros, cientistas da computação e toda uma serie de pós-doutores criados especificamente na pós-modernidade. E assim, aumentam os impostos da tão sofrida classe média que vai ter que deixar de viajar para a Europa para poder pagar mais impostos por causa de um tal de PAC e para o Daniel Dantas roubar . Nossa que mundo injusto!

Na economia

E por falar no velho e conservador continente. Essa crise hein, gente. Até agora tô tentando entender o que aconteceu. Pelo que me disseram na faculdade foi um tal sistema capitalista neoliberal que entrou em colapso. Não sei se voces sabem, mas tudo começou na fonte de todo o mal do mundo contemporâneo, o Oriente Médio. Agora vou repetir a resposta que coloquei na prova do jornal O Globo (e sentei na boneca). Acontece que em 2001 um tal de Obama Hussein Laden jogou dois pequeninos aviões cheios da boa gente americana nas Duas Torres e um outro aviãozinho em Mordor Pentágono. Esse desastre aparentemente afetou a economia e as bolsas caíram, fábricas pararam e etc, etc. Para contornar esta quebra em potencial da economia norte-estadunidense um velhinho muito gentil chamado Alan Greenspan abaixou muito uns juros ai e também tomou outras medidas que literalmente arreganharam as pernas da Estátua da liberdade. Conclusão, as pessoas podiam pegar quanto dinheiro precisassem desde que devolvessem muito mais depois (quem precisa de leis fiscais e comprovante de renda) e os bancos podiam emprestar quanto quisessem mesmo que isso representasse emprestar aquilo que eles não tinham. A idéia era justamente quando as pessoas fossem devolver, e elas devolveriam o triplo ou o quadruplo do que pegaram, o banco ia ficar cheio da grana. Só que acabou que as pessoas não devolveram o dinheiro e os bancos todos “se fu...”. Sem bancos, as indústrias não têm dinheiro para operar, já que elas pegam dinheiro emprestado, produzem, e depois devolvem com o dinheiro das vendas. Sem indústria, as pessoas são demitidas e também não tem comércio. Fica tudo parado. E o Mercado é igual micareta, ninguém pode ficar parado.

Na cultura

Na música o bonde emo abriu sua brecha para os forrozeiros tecnobregras, e assim, o que já era ruim ficou ainda pior. É bem verdade que a invasão forrozeira de 2008 rendeu alguns frutos no mínimo interessantes. Como a segunda invasão das frutas (chupa que é de uva, rebola que é de carambola, senta que é de menta e o penetra, espreme que é de creme). Mesmo tendo surgido no meio sertanejo, houve uma “música” que superou todas as outras da aclamada cena forrozeira, atingindo as esferas sociais e políticas. Obviamente estou falando de “Beber, cair, levantar”, proclamada no Planalto como novo Hino da Nação Brasileira. O primeiro a ter versão em outros ritmos como o já citado sertanejo, rock, polka, jazz, fanfarra e funk. Este último que por sinal continuou dando as cartas no submundo cultural, mas as pessoas ainda não admitem que ouçam, “só gostam da batida”.

No entanto, o fato mais marcante da música em 2008, maior do que a vinda de Ozzy e João Gilberto para cá, não é essencialmente musical. O que realmente abalou as estruturas da MPB foi o romance de Marcelo Camelo e da revelação bombástica do momento Mallu Magalhães. Mesmo com 14 anos de diferença, o ex-hermano garante que Mallu pode ser um ídolo teen, mas tem uma alma velha.

No cinema, Fernando Meireles fez o filme sobre cegueira que todo mundo viu (e saiu da sala sem enxergar por causa daqueles clarões ofuscantes repentinos). E a produção causou ainda mais frisson no cenário mundial quando os mais interessados em toda a história, os cegos, viram o filme e disseram que não gostaram. Isso sem contar os surdos-mudos, que nem se pronunciaram a respeito.

Além disso, neste ano acabaram as filmagens do filme sobre George Bush que no Brasil tem o titulo provisório de “Um maluco na Casa Branca”. E até o Obama entrou nesta do cinema e já anunciou o filme sobre sua vida. Segundo o afro-presidente, o filme vai ser dirigido por Spike Lee e obrigatoriamente deverá ter Denzel Washington como Obama. Para o papel de sua esposa ele não faz exigências, pode ser a Beyoncé, Rihana ou até a Carmen Electra pintada, desde que seja gostosa. Quem ficou triste com a escolha foi Forest Whitaker, último negro a ganhar um Oscar, isso lá em 2007. É que o ator pensou que seria a escolha certa, já que aprendeu africanês nas gravações de “O último rei da Escócia”, onde adquiriu experiência para o papel, ao interpretar um ditador negro.

Nas eleições

E por falar em sair do armário, os EUA realmente me surpreenderam com esse negócio do Obama (sem alusões fálicas). Mesmo com todas essas pesquisas e intenções de voto eu não imaginava que o homem fosse realmente ganhar. No meu prognóstico mais otimista, ele sairia vitorioso e seria assassinado no discurso pós-eleição (sem bem que atentados das mais diversas organizações racistas ainda são esperados, a KKK já mandou carta de repúdio e o Vaticano cortou relações diplomáticas com os States desde ontem à tarde).

Já no Rio quem saiu do armário (de novo) foi o Gabeira. Ele decidiu assumir sua predileção por ares mais limpos, ao invés do ar carregado de Brasília. Ele queria se mudar para cá, mas como as redações dos jornais cariocas estavam cheias, o tráfico não estava mais precisando de aulas de guerrilha, só lhe restou concorrer a um cargo público, que era a última coisa que ele sabia fazer. Sabendo do estado deplorável da Câmara dos Vereadores, ele achou melhor disputar a prefeitura.

Só que por aqui ele encontrou duas coisas enormes e roliças em seu caminho (sem duplo sentido). A primeira foi o plano de Eduardo Paes de implantar a podridão do legislativo e do governo estadual também na administração municipal e a posição conservadora da população carioca... pelo menos no que diz respeito a feriados. Porque mesmo com toda a banda pobre da política brasileira (maioria esmagadora) apoiando o Paes a disputada tava acirrada. Só que infelizmente o Paes reuniu todas as esferas do dragão e pediu ao grande Shen-Lula para ganhar as eleições. O que provavelmente não seria necessário tendo em vista a escolha do feriado estadual convenientemente na segunda pós-pleito. Assim, mesmo os cariocas apostólicos romanos mais fervorosos acabaram desistindo de votar e indo a praia ou viajado ou nenhuma das anteriores, como foi o caso do Caetano Veloso que deixou seu lado bahiano bater mais forte e ficou dormindo em casa.

E o agora prefeito Eduardo Paes (agorinha mesmo, já que ele está sendo diplomado enquanto escrevo) vai ter que encarar várias pêias cabeludas e veiudas prontas para descabaçá-lo (novamente). Tais como as próprias promessas de campanha que fez, como trazer o Estado do Vaticano para território fluminense, erguer um monumento de 12 metros em cima do Alemão no formato do Lula e acabar com a fome no mundo. Além disso, segundo as más línguas, a maior pica que caiu na mão do Paes, sem dúvida, foi a de Cesar Maia (no sentido figurado... ou não). Isso porque ele tem que tratar de fazer tudo o que prometeu com a apenas 6% do orçamento livres, já que todo o resto foi desviado destinado a Cidade da Música, o maior caso de lavagem de dinheiro desde o Plano Collor. De acordo com minhas fontes, o próprio Daniel Dantas teria mandado da Suíça uma carta para César Maia com apenas dois dizeres: “Você é foda. Abraços, do Dani”.

Nos esportes


No esporte assim como na política os negros se destacaram. Isso porque Lewis Hamilton se sagrou vencedor do campeonato de pilotos da F1, o esporte mais elitista, conservador, capitalista da direita da face da Terra. Coincidentemente, a exemplo de Barack Obama, Hamilton estabeleceu precedentes históricos. No caso do inglês, ele foi o mais jovem campeão mundial negro a namorar uma gostosa que não seja loira. Porém, o que as pessoas esquecem é que mesmo com a vitória de Hamilton a Ferrari foi campeã entre os construtores. Provando que sempre que um negro se dá bem e ganha dinheiro, tem um branco europeu que se dá melhor e ganha ainda mais. Ainda no quesito estereótipos racistas, comprovando porque negros não podem ter dinheiro, o cara tratou de pegar seus primeiros milhões e comprar sua passagem para um passeio espacial. Nice!!!

Enquanto isso, Felipe Massa “se fu”, mas só para a tola torcida brasileira. Porque para a italiana ele continua sendo herói já que garantiu o título e o ainda aumentou o patrimônio de sua escudeira. Seu contrato foi renovado e ele continua com alguns milhões no bolso. Claro que o Hamilton está melhor, já que ele fica comendo aquela gostosa da Pussy (ou vice-versa) enquanto o Massinha tem que aguentar a pelada do Zico e o Faustão (no sentido figurado).

No entanto, o que abalou realmente a estrutura do esporte mundial foram as Olimpíadas. Os jogos de PEQUIM (Beijing é coisa de viadinho, porra) foram a maior oportunidade para o esporte aparecer com algum destaque nos noticiários. Isso por causa de toda aquela besteirada sobre união e igualdade entre os povos. Pura falsidade global, tipo aquelas que meu tio conta para continuar comendo as três mulheres dele, só que no caso é para as naçoes continuarem fodendo umas as outras.
Neste ano, o grande diferencial foi a realização deste interessantissimo evento na China, atualmente o país mais abertamente fodedor dos outros. Pois embora a gente ache que a China tá bombando ao “desafiar” a hegemonia dos EUA. Ela só faz isso as custas do buttholes dos próprios chineses, o que dava para ver claramente nos jogos. Mostrando que eles fodem com todo mundo, descaradamente, o que também me lembra muito esse meu tio citado anteriormente.

Porque uma coisa é fazer igual que nem os norte-estadunidenses e sodomizar os outros, mas sodomizar o pessoal de casa já é barbarie, como aquele vovôzinho austríaco que trancou a filha no subsolo. Falando em filha-da-putagem, os governantes chineses são tão escrotos que lá você não pode não cagar mais de uma vez ao dia. Eles dizem que é para poupar água, mas sei de fontes seguras de isso é pura sacanagem. E apenas para que os chinas não percam seu tempo de trabalho fazendo necessidades. E mais, de acordo com outras das minhas fontes até os turistas tiveram de se adequar a essa regra. Porque assim que você sentava nas privadas se acionava um sensor que emitia uma série de mensagens em várias línguas. “You already crapped today at 5:15 a.m. We`ll gladly take your disposal, tomorrow”, “No cagues hoy para no infectar nosotro esgoto”, “Das krappenvolkelieben ich bin deustchwagner nibelungen”. Tinha até uma em português gravada pelo Pelé. “Qualé, mermão, você de novo? Tá com caganeira? Então digite 3 se a resposta for afirmativa e envie um fax para o Ministério da Saúde e Adjacências para que nós possamos estar te enviando sua permissão para cagar”.

E pior que aconteceu justamente o esperado. Os chinas, que estava proibidos de cagar desde uma semana antes dos jogos, superaram facilmente os americanos ou qualquer um que se colocasse em seu caminho. Eles só deram mal na piscina, isso por dois fatores. Primeiro porque todo mundo sabe que chines não gosta de tomar banho e também porque os americanos tinham Michael Phelps, um ciborgue (metade homem, metade máquina, o que é diferente dos robos, que são 100% máquina) criado justamente com a habilidade de nunca precisar cagar – mais um desses experimentos loucos da Guerra Fria.

Além dos EUA, outro que foi esporrado levou um banho foi o Brasil, como sempre. E nem foi da China, da Rússia ou dos próprios EUA. A gente perdeu feio foi para o Zimbabwe, Costa do Marfim, Honduras e até mesmo para o Timor Leste. E aposto que se a Palestina ou a Ossétia estivessem lá a gente perdia para eles também.
O que me reconfortou mesmo foram as para-olimpíadas que sempre me dão um baita orgulho de ser brasileiro. Claro, que o resto da nação não faz a mínima idéia do que eu tô falando. Eu mesmo só sei porque sou carioca e fui obrigado a assistir o Para-pan-americano, já que era de graça e se for de graça eu faço qualquer coisa...qualquer coisa meeesmo. Se bem que foi uma experiencia assaz interessante. Porque só assistindo aos Jogos Especiais que você aprende a verdadeira noção do que significa “Em terra de cego quem tem um olho é rei” ou “Mais vale um pé bom do que um twist carpado com meia-lua invertida do Diego Hipólito”. E sem dúvida, o melhor é o vôlei sentado, esporte que por sinal eu mandaria muito bem. Isso sem contar o campeonato de ofensas e xingamentos do qual sou campeão sulamericano.
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The Post Scriptum section


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*Zé Messias é um pederesta de marca maior, grande conhecedor da Causa Operário e é escroto em tempo integral. Também é o célebre autor dos seguintes best sellers “2007 – O ano em que meus pais me deixaram sair de casa”, “Por uma globalização mais sacana” e o “Como levar uma mulher para cama em apenas 10 piadas”.