domingo, 17 de agosto de 2008

O Guia do Nerd Brasileiro

O texto a seguir é de responsabilidade de seu idealizador, ou seja, Alexandre Nardoni. Zé Messias é apenas um pseudônimo randômico escolhido ao acaso e não tem nenhuma relação com o ilustre, brilhante (e gostoso) estudante de Jornalismo da Uerj. As idéias utilizadas abaixo são uma espécie de compilação de relatos de terceiros (como o compadre Enio – o filósofo e não o compositor) e opiniões deste que vos fala (A.N.) e podem ou não refletir inteiramente as opiniões da comunidade Nerd.

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Cansado de ser confundido na rua ou na roda de amigos? Farto de não ser entendido pelos seus pais? Revoltado por ter sido mandado para o psicólogo (terapeuta, psiquiatra) sem motivo? Então, meu garoto (a), seu lugar é aqui. Se você quer ser compreendido, mas sem deixar de lado seus preciosos antidepressivos você está no lugar certo. Afinal, você chegou a mesma conclusão que eu, se é para rotular pelo que se faça direito!

No entanto, este texto não é para você meu amigo ou amiga Nerd, que, espero eu, saiba bem o que é. Dedico meu pequeno texticulo aos “infiéis”....ou “não-nerds”. Eles são um todo, eles são a massa, eles são a classe dominante. Pode ser seu pai, sua mãe, seu melhor amigo (o que seria um caso raro), sua professora, ou até aquela menina (o) que você gosta (e nunca vai contar! [coisa que explicarei a seguir]).
Este texto é o reflexo de anos de meditação e estudo, ele tem uma pequena e simples função: revolucionar o campo das pesquisas sociológicas e antropológicas para todo o sempre.

Meu nome é Zé Messias, sou Nerd Apostólico da Divina Revelação 3D e vim trazer luz aonde havia trevas, iluminar o caminho dos perdidos e trazer dos mortos aqueles os desistentes. Porque ser Nerd no Brasil é duro e a função deste texto é fazer a classe dominante entender isso.

Logo de cara me vem a cabeça a maior luta do Movimento o chamado “Porra, eu não sou CDF!!!”. Sim, porque não sei se você sabe, mas uma coisa não tem nada a ver com a outra (mais explicações a frente. Afinal, é bem melhor dizer o que somos ao invés de falar o que não somos).


NERD
– Segundo o digníssimo dicionário inglês-português Babylon®, o termo remete aos chatos, pessoas incômodas, rechaçadas pela sociedade. Enfim, os párias. Mas por que esta distinção entre nós e os “seres humanos comuns”? Simples. Porque Nerd, no dicionários Zé Messias de maneirismos e gírias, significa nada mais nada menos que diferente ou até mesmo estranho (isso num sentido positivo e não no sentido de bizarro). Os integrantes do Movimento apresentam características únicas que só podem ser verdadeiramente compreendidas e/ou apreciados por quem é do metiê.

Nos true Nerds, as principais qualidades são: hobbies bem específicos (beeem meesmo), certo grau de isolamento do mundo não-nerd, propensão a ser vitima de bullying e outros tipos de embaraço, e claro, grau de contato com o sexo oposto zero ou menor. Os espécimes mais clássicos da casta mais nobre da sociedade são: o viciado em HQ’s (histórias em quadrinhos – se não sabe isso se mata), o viciado em games, o otaku (entusiasta da cultura japonesa), o cibernerd (pessoa que abdica da vida social para ficar na frente do PC) e o viciado em literatura fantástica (RPG’s, Senhor dos Anéis, Harry Potter [HP], Eragon, etc – também conhecidos como Nerds pioneiros ou peregrinos). Há algumas vertentes menos comuns no País, como o Geek - o viciado em computação ou tecnologia como um todo –, e o Trekkie e o Jedi, fãs dos filmes Jornada nas Estrelas e Guerra nas Estrelas, respectivamente.

Não podemos nos esquecer dos transgeneros, os Nerds híbridos que se interessam por diversas áreas ao mesmo sem conseguir apontar uma vertente com sendo a melhor. Digo isso, pois a natureza abrangente dos diversos segmentos faz com que sejam comuns os que se interessam por mais de uma área. Porém, os não-transgeneros geralmente possuem uma preferência definida. Existem ainda níveis de intensidade da chamada nerdice ou do inglês nerdness, desde o 1 onde se encaixam os chamados Entendidos e o 10, o Google Nerd.

Agora, após esta brilhante descrição do que seja o Movimento e seus principais atores sociais vamos a bendita da diferença entre CDF e NERD.

Enquanto Nerd é tudo aquilo que falei ai em cima, o termo CDF tem a ver simplesmente com o desempenho escolar do indivíduo, nada mais. Por este motivo, recorrendo a epistemologia da sigla temos Cérebro De Ferro. Toda a confusão começou por causa das características similares de ambas as classes como a reclusão e a falta de contato com o sexo oposto. Contudo, nunca foi algo característico dos Nerds o desempenho escolar fora do normal, pelo contrário, graças ao gene especial da preguiça nº 666, seu desempenho sempre beira o mediano. No entanto, é necessário deixar claro que os Nerds são inteligentíssimos e podem até ser bons alunos (em raras exceções), mas eles preferem usar habilidades em algo mais produtivo (para eles). Por exemplo, cálculos de RPG, aprender japonês sozinho, decorar nomes de personagens e não se perder em meio às consecutivas Crises Infinitas (nem eu entendo esse baguio), Guerras Civis, etc.

Assim, não venha me encher o saco se eu mandar você tomar no cu ou se foder se por acaso você não leu meu blog a culpa não é minha, oras. Nos próximos textos pretendo falar mais sobre a Causa e suas brigas homéricas como Nerds versus Cults e também falar das minhas questões favoritas: “O que é o Conselho Nerd?” e “Quem seria o Deus Nerd?”.

Bye, bye...XOXO



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Zé Messias é um renomado autor de Best-sellers como “Nas margens do Rio de Barro sentei e caguei”, o “Japão e sua (louca) cultura” e “Mordor, sua cultura e sua gente – um ensaio sobre a beleza da desolação”.

Zé Messias também é um grande conhecedor das coisas profundas (mas não no sentido que ele queria).

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