terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Skmosu 3.1 – O Império do Ovo de Cristal

Intro

Eu tenho um amigo. Ele se chama Skmosu (claro que ele não se chama Skmoso, mas é assim que nós o chamamos. Para não dizer coisas piores). Já escrevi sobre ele aqui outras duas vezes e aconselho que você, meu caro leitor, as leia antes de iniciar este relato para lá de duvidoso (para não dizer repulsivo). Não que eu escreva mal – escrevo maravilhosamente bem, obrigado – a repulsa vem da própria “pessoa” aqui retratada. Por que você acha que nós o chamamos de Skmosu?!

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Mal adentro as dependências de meu caro amigo Skmosu já sinto algo perturbador. Além dos calafrios habituais decorrentes de se entrar num lugar destes, só comparável as valas usadas por mendigos como deposito de dejetos, havia também um odor novo, quase imperceptível devido a dormência de minhas narinas e ao estado elevado de putrefação do “quarto”, se é que aquilo pode ser chamado de quarto. O cheiro era uma mistura de ovo podre com feijoada de estragada e carniça que nunca vou esquecer

Como foi dito anteriormente, o pobre “menino” Skmosinho decidiu entrar no culto satânico do fisiculturismo. Este que está em 4° lugar nas 15 maldições da Era Contemporânea segundo o Bispo Eliéser Mota, meu tio e de membro fundador da 3ª Igreja do Santíssimo Espírito da Promessa Financeira e Adjacências. Como as pessoas que perdem tempo lendo isso aqui também devem lembrar, por causa de sua malhação exagerada e excesso de onanismo ele acabou ficando corcunda.

Parte desta rotina de “masturbação mental”, como bem definiu outro amigo meu, consiste na manutenção de uma dieta balanceada de carboidratos. E quando digo balanceada estou me referindo a coisas tipo o desmatamento da Amazônia, o tamanho de uma galáxia, o poder de Deus ou o número de mulheres que meu pai e meu avô já pegaram (e eu estou falando de meter mesmo, não só beijar). Esta dieta hipercalórica de 35 reais por refeição se resume basicamente a dois elementos: leite e ovo. Acho que nem a fábrica da Kibon consome isso se pensarmos numa escala diária. Se formos pensar que uma família de cinco pessoas, no Haiti, gasta 98 centavos por refeição (antes do terremoto) veremos o tamanho prejuízo. Só de ovo é uma caixa a cada 6 horas. Para se ter uma idéia, quando o Skmosu peida toda a vida num raio de 25 m² morre (de inanição e tristeza também). E essa parte é verdade, ele fez isso na minha frente usando uma flor (a cena é chocante ainda mais que ele precisa abaixar a calça para matar a pobre coitada).

Tudo isso é parte da seita que o pobre infeliz adentrou, o tal Império do Ovo de Cristal do título. A seita da qual fazem parte todos os fisiculturistas, marombeiros, maloqueiros e pais de santo é encabeçada por alguns dos homens mais bizarro que já pisaram na face da Terra, os quais você não queria encontrar nunca na sua frente e que mudaria de calçada caso visse (com certeza se você é uma pessoa decente não conhece nenhum desses caras, mas para satisfazer sua curiosidade experimente procurar Markus Ruhl no Google ou então as palavras extreme bodybuilding motivational). Skmosu guarda vídeos de todos eles em seu computador, numa pasta junto do vídeo daquela Global dando para o cavalo, nesses vídeos eles mostram sua rotina comendo coisas ainda mais nojentas do que aquelas que encontrei na casa de Skmosu: omeletes de aveia com 12 ovos (sem gema), baldes, eu disse baldes, de leite com aveia, e claro, a especialidade do chefe, aveia com aveia e água. O lado bom disso tudo é que além de fortalecer a compleição física, essa dieta também fortalece todo o trato digestivo. Porque, meu caro, quando essa aveia toda sai, ela sai rasgando...literalmente.  

Se você não consegue entender porque um ser humano passaria por tudo, você não é um ignorante, são só sua sanidade e respeito próprio falando. Eu mesmo não conseguia ver nenhuma resposta racional para a questão até que eu vi outra série de vídeos que foi muito esclarecedora. Além dos seus hábitos alimentares considerados retrógrados e selvagens até por alguns povos vikings da Normandia, os vídeos mostravam os ícones da parada numa das competições da “modalidade”, o Prêmio Arnold Schwarznegger (como não poderia deixar de ser). Nessas competições homens extremamente bronzeados vestindo apenas sunguinhas exibem seus braços do tamanho de coxas, coxas do tamanho do tronco, troncos do tamanho de corpos, cabeças do tamanho dos ovos e ovos do tamanho do estádio do Maracanã.

Não preciso nem dizer que após assistir meia hora dessa competição eu fiquei meio enjoado e também dei graças a deus por ser obeso. 

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