quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Meu irmão imaginário

O post anterior era sobre gente de verdade que parece não existir, este, por outro lado, é sobre exatamente a mesma coisa – meu irmão e sua habilidade de desafiar as noções mais básicas de Física, Psicologia e de tudo aquilo que se entende por Fraternidade em geral.

Antes de mais nada gostaria de dizer que adoro meu irmão. Pode-se dizer, sem sombra de dúvida, que ele é o único homem já amei em toda a minha vida... sem contar o meu pai. E talvez o Obama ou o Maravilhoso Till Lindemann, vocalista do Magnifico Rammstein. Enfim, gosto muitíssimo de meu manuxo, exceto, claro, nas vezes que quero estripá-lo com um serrote enferrujado. O que não acontece muito, só umas duas vezes por semana. Levando em conta que a semana tem sete dias, até que o aturo bastante.

Como vocês podem perceber pelos meus posts, racionalidade não é o forte da família. E meu irmão não foge a regra. Só que no caso dele, a irracionalidade se trata de aplicar uma lógica predominantemente racional a todas as atividades de sua vida. E quando eu digo todas, são TODAS meeeeesmo. Um desses singelos exemplos de como meu irmão rege sua vida de uma maneira QUASE Vulcana# é, acreditem se quiserem, sua relação com a família. Isso mesmo, o único lugar onde as pessoas normais deixam de lado a pouca seriedade que possuem é justamente um dos aspectos da vida onde meu maninho mais exercita sua maneira fria de agir e pensar. E para explicar essa complexa relação só preciso de duas palavras...e uma oração, claro. Aí vai ela (essa não conta). Meu irmão certamente sente amor por seus entes queridos (pelo menos, eu espero), no entanto, ele não acha necessário demostrar afeto de qualquer forma seja qual for a pessoa, seja qual for a situação. É até bem engraçado, tendo em vista que isso só acontece na TV.

Daí, cheguei a conclusão que ele não existe ou pelo menos não deveria existir. Ele deve ser algum tipo de impossibilidade matemática como aquelas que geraram o Universo e a Vida na Terra. Ou, se eu acreditasse de verdade em Deus, diria que Ele estava muito ocupado com alguma rebelião no Céu ou simplesmente evitando que a humanidade se exterminasse pela sexta ou sétima vez para prestar atenção em algum ser humano em particular que viesse a nascer sem alguma característica básica como a capacidade de demostrar amor. Longe de mim, dizer que meu irmão é mau-feito ou algum tipo de anomalia produzida em laboratório para me espionar. Afinal, demonstro sinais clássicos de sociopatia, megalomania, esquizofrenia e compulsividade-obsessiva que são os ingredientes perfeitos para uma futuro líder mundial, dono de uma empresa multibilionária de computação ou roteirista de sucesso.

Vamos aos fatos, por mais bizarros que eles sejam.

Eu sei que meu irmão gosta dos meus pais e muito. E só sei disso porque ele obedece meticulosamente e sem nenhum questionamento qualquer ordem que eles dêem, mesmo que contrarie sua própria vontade ou o ofenda. Essa é sua forma de demonstrar amor e respeito. Ele não dá beijos, não dá abraços, não sorri, só fica obcecado em obedecer. Por mais estúpida ou arbitrária que seja a ordem, o que, de fato, acontece com os pais em geral. Como, por exemplo, você não vai sair porque vai chover. Ou, não vou te comprar aquele kit de Química porque você quer botar uma bomba caseira na porta do seu vizinho (o que em minha defesa, digo que só aconteceu uma vez).

Por outro lado, no que se refere a mim, ele age no intuito de menosprezar cada pequena ação que eu faça, esteja ela certa ou errada. Isso porque, na cabeça dele, ao me fazer o grande favor de não me ignorar ele já está demostrando amor o suficiente. Uma vez que o total e completo desprezo é sua atitude para com os outros.

Contudo, como eu disse lá em cima, ele é quase, só quase, Vulcano. Como Spock, seu extenso convívio com humanos fez que com que brotassem certos sentimentos sob sua armadura de inflexibilidade. Ao invés de reações mais calorosas, como no caso do imediato da Enterprise, meu irmão se voltou para o lado mais sádico da coisa. Na verdade, ele é todo sádico. O que me assusta muito, motivo pelo qual não pretendo que ele nunca veja este textículo. Fato que seria muito prejudicial a minha saúde, uma vez que sou a principal vítima de sua ações. Por exemplo, até em suas atividades mais primitivas: a obediência cega e a zombaria a minha pessoa, ele arranjou uma meio de se divertir. Porque assim ele mata dois coelhos com uma só cajadada. Ele não só cai nas graças de nossos pais que o protegem e o mimam muito além do normal para um filho caçula, como ele ainda me faz parecer um idiota/pateta perante eles (não que isso seja difícil, mas essa não é a questão).

Eu, por exemplo, tenho uma vasta noção do que seja a moral, os princípios, os princípios morais e demais regras da sociedade. Só que voluntariamente as ignoro em favor de valores mais altos como a liberdade de pensamento e a anarquia social, politica e cultural. Por sua vez, ele ignora tudo o que não tenha relação extremamente direta com a imediatez de sua vida e seus pequenos prazeres como me ridicularizar e ler mangás compulsivamente.

Esse é meu maninho...

Meu amigo Skmoso

Não sei se vocês já tiveram um amigo imaginário. Pelo menos eu nunca tive (tenho um irmão para essas coisas). Mas pensando bem, acho que o Skmoso conta como um. Pelo nome até parece que ele é de mentirinha, mas não. Ele tem mãe, avó, pai, padastro, primos, primas (yammi), cachorro, canário e até porquinhos-da-Índia (aliás, eles não são porcos e muito menos vem da Índia). De fato, ele é bem real – isso se o real existisse de fato – mas apesar de ser de carne-e-osso, eu atesto categoricamente, ele é meu amigo imaginário! Isso porque, a grande característica dos amigos imaginários, aquilo que os faz realmente ser o que são, é eles não serem amigos de mais ninguém.

#Ah, se você me disser que teve um amigo desses e ele tinha outro é simplesmente porque você tinha DOIS amigos imaginários [Deprimente!]. E se você me disser que seu amiguinho de verdade ou qualquer outra pessoa via o seu amigo de mentirinha isso se chama alucinação coletiva.

Não que o Skminha seja assim tão solitário, ele só parece ser, pelo menos para mim. Sei que isso soa muito triste, além de ser muito pretensioso de minha parte, mas não é necessariamente assim. Não que eu não seja pretensioso, se existe uma coisa que sou é isso. Mas como eu disse, ele só PARECE não ter outro amigo. No eixo familiar que eu saiba, ele tem uns dois, e no eixo ruar-bairrista ele tem mais uns cinco ou seis. Embora pareça pouco até que é bastante comparado a minha pessoa. Calma, eu tenho amigos, muitos até, só que nenhum no eixo familiar (tirando o meu irmão que é um caso a parte, na verdade, o próximo post é sobre ele) e menos ainda no eixo ruar-bairrista.

Mas voltando ao Skmoso, ele, sem dúvida, é uma figura bizarra – não num bom sentido que poderia ser aplicado a mim, por exemplo. A maior parte do seu tempo ele passa sozinho em seu quarto em Margaritaville. E não sai para nada, exceto ir para a Faculdade, para a academia e para seus cursos de francês e alemão (e ocasionais saídas noturnas com seus outros amiguinhos, sobre as quais não posso falar para poder proteger a integridade física e intelectual do ser em questão). Foras esses passeios noturnos, parece que ele é um grande C.D.F., ou algum tipo de Nerd que estuda, mas não. Muito pelo contrário, ele nem passa perto de ser inteligente. Pelo amor de Deus, ele estuda na Univercidade (urgh). Todavia, ele faz cursos na Aliança Francesa e no Goethe e vai muito bem neles, afinal ele não é um completo zero a esquerda. E mesmo estudando numa instituição sem nenhum prestígio ou currículo minimamente satisfatório – ele está cursando Relações Internacionais, o que é complicado em qualquer lugar – surpreendentemente ele é muito bom nisso, demonstrando uma dedicação que eu mesmo não tenho com minha aulas. Pois em menos de um ano, ele já fala tranqüilamente sobre Aristóteles, Hobbes, Platão e Celso Furtado como se fossem coisas corriqueiras do dia-a-dia. O que é um retrato bem diferente do seu Ensino Médio, coisa que eu e nossos demais colegas de classe do Mauzão Boladão podemos comprovar.

Se não bastasse essa formação acadêmica bastante peculiar, o próprio físico da criança já rende uma série histórias interessantes, para não dizer ridiculamente hilariantes. Primeiro, ele é baixinho e todo amigo imaginário que se presta ou é muito alto (forte), no caso das crianças baixas (fracas), ou muito baixo (fraco), no caso das crianças altas (fortes). Isso porque de certa forma os amigos de mentirinha parecem complementar a qualidades do indivíduo imaginador (que metido a psicologo, eu sou). Enfim, ele é de fato baixo, e não estou falando na minha escala (tenho 1,98), mas não escala de qualquer pessoa. E agora, ele deu para malhar, como disse anteriormente. Como também falei, embora ele não seja exatamente inteligente, ele é obsessivamente esforçado, o que causa seu rendimento escolar alto. E é essa mesma dedicação ele trouxe para seus hábitos “exercitórios”. O que resultaram num peitoral definido, bisseps e tríceps e “policeps” muito bem definidos e uma bela corcunda no lado esquerdo do seu corpo. Não que ele seja usuário de anabolizantes, só suplementos alimentares. Alguns proibidos no Brasil, é bem verdade, mas que pela Lei não são considerados anabolizantes. A tal corcunda vem do simples fato dele ser destro e nas palavras do próprio, não querer sobrecarregar o braço direito e acabar com uma deformidade (malandro, ele não?!).

A vida dessa figura é realmente inacreditável, tanto que vocês provavelmente vão pensar que eu a inventei. Coisa que confesso não ser capaz de fazer, não importa o quão talentoso eu seja, e olha que sou muuuuuuuuuuuuuuuuito talentoso, muito mesmo. Para se ter uma idéia, num período de trevas em sua vida, esse Sr. Meu amigo, fez chapinha no cabelo e ficou muito parecido com a Fátima Bernardes na época do alisamento japonês. Para ter uma idéia é só vocês imaginarem aquele filme “As Branquelas”, pronto, é isso sem tirar nem por. E isso veio do nada, ele não é emo e fez com intuito de pegar garotas (e o pior que ele conseguiu). Essa é uma situação suficientemente inusitada e esdrúxula para qualquer roteirista pensar, mesmo para os do Sul da Romênia ou da Croácia Setentrional que geraram filmes sobre aborto entre alienígenas e prostituição infantil masculina entre parentes.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Quase Famoso

2008 tem sido um ano muito engraçado...Na verdade, não é bem engraçado a palavra, eu queria dizer crucial na minha vida, mas isso soa muito pedante e também é lugar-comum.

Neste ano, avaliei e reavaliei meus passos nesta longa (não no meu caso) jornada chamada vida, isso desde que me entendo por gente (a partir da 1ª série ou um pouco depois) até minhas decisões profissionais como futuro formando em Jornalismo.

Tudo começou em março quando completei 20 anos e tentei enxergar em qual rumo meus pensamentos e ações estavam me levando. No início tudo isso ficou só na idéia, uma vez que eu estava fazendo um estágio barra-pesada num jornal de verdade. E a parte de realmente começar a pensar nisso foi só quando saí do estágio em maio.

Nessa hora, percebi tinha alcançado meu único sonho (além de dominar o mundo) e realmente não tinha mais nada para fazer da vida...Isso porque desde que decidi ser jornalista - assistindo a série do Superman e ao filme "Quase famosos" - que planejava viver a rotina de um jornal impresso, escrevendo, entrevistando, etc. E foi justamente isso o que fiz durante os 6 meses que antecederam maio de 2008, portanto eu já tinha vivido o meu sonho.

A partir daí, fazer o quê, então?

Pensando quais seriam meus passos de maio em diante é que escrevi aquela série de posts malucos sobre o Sentido da vida, os do outro Blog e até aquele do Orgulho Nerd...Preso nessa reviravolta de pensamentos veio o coma alcoólico e o que era para ser apenas uma reflexão profissional e pessoal (exterior) virou emocional e psicológica (interior). Não digo que entrei em depressão, mas fiquei apenas levemente deslocando. Sentia que estava vivendo apenas por viver (o que não mudou tanto assim, o que não é ruim em essência).

Pois justamente ao sentir esse vazio na alma que me lembrei do meu outro sonho, ser escritor. Não que eu tivesse esquecido dele, só que eu pensava que não tinha criatividade o suficiente para encher um livro inteiro. De fato, continuo achando isso, mas a diferença é que agora parei de pensar tanto no futuro, no caso o produto, o livro, e me voltei para o processo, a escrita em si (escrever é realmente maravilhoso!). Não que eu seja um escritor dedicado, sou bem preguiçoso, na verdade, mas ultimamente tenho tido umas idéias boas e acho que a coisa é mesmo por esse lado...Se bem que eu só escrevi uma página e meia para cada uma de minhas idéias de livros (ou roteiros de cinema, por que não?), mas acho que elas são bem interessantes e o principal, rendem. E quando vêm, os insights parecem ficar cada vez mais nítidos na minha cabeça. Com direito a trama central e até perfil psicológico de personagens. Nessa brincadeira eu já comecei umas 6 histórias, o único problema é que sempre que começo uma paro a outra. Espero que possa pelo menos dar um corpo a essa última de hoje, acho que é a melhor que já bolei.

Gostei tanto dela que fiz esse post. Mas não foi só isso que me inspirou hoje, parte da culpa deste textículo bizarro e disforme e do comentário de uma leitora de fora do meu círculo Uerj-amiguinhos de longa data no outro Blog. O que me deixou simplesmente extasiado.

PS: Esse post também é uma homenagem a entrada da minha miguxinha JeSsica na blogsfera....Vale lembrar, seu blog é igual que nem um tamagochi, se vocÊ não o alimentar ele morre xxx

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Carta a um jovem Sith


Como todo ser humano que se presa fiz e refiz várias vezes ao longo da vida uma listagem de tudo o que odeio. E como já era de se esperar, ela nunca diminuiu. E claro, desde o começo desta listinha que fazemos desde a pré-infância o número de coisas odiadas é sempre maior do que o de coisas queridas. E nem tente me dizer o contrário, porque não vou acreditar. Até Gandhi ou mesmo Jesus gostavam mais de menos coisas em comparação com aquelas que eles odiavam (uau...que frase foi essa). Tá, talvez não o grande JC, mas, com certeza, Gandhi.

Vamos ver... que eu saiba Jesus só não gostava do Diabo, do Pecado, dos Mercadores que vendiam no Templo, dos hipócritas, dos soberbos (categoria em que me incluo com muito gosto) e dos Falsos Profetas (culpado outra vez) e só. Se bem que não são tão poucos assim. Se ele viesse hoje também não gostaria da maioria das religiões (por causa da má gerência), da Internet, da TV Globo, do Vladimir Putin (do Bush acho que ele gostaria), da aceitação da viadagem, da camisinha, do Rock`n`roll e de outras cositas más como blogueiros que se acham muito espertos (soberbos)... Olha só, até que temos um número grande de elementos! Mas, só para quebrar a firma, temos que levar em conta que Ele ama toda humanidade, todos os seres viventes e ainda consegue amar àqueles que não gosta. Assim, podemos dizer que Jesus realmente é o único que tem mais prós do que contras em sua listagem de tudo o que existe.

No entanto, essa é a minha história, e ela é sobre minha constante necessidade de me expressar (de novo). Sei que já escrevi sobre isso, mas realmente estou num clima de sair contando tudo. Todas as paradas que me apurrinham, tudo o que me inquieta, botar para fora mesmo, tudo de uma vez.

Sendo assim, a primeira das coisas que me emputece profundamente é a Humanidade. Não
que eu me importe com o caminho de autodestruição que o Homem vem trilhando. Quem sou eu para julgar alguém?! Afinal, faço parte desta humanidade, também sofro e me regozijo com esta Condição humana. E, acima de tudo, quando o assunto é autodestruição, ninguém me supera. Definitivamente não é isso que me irrita, muito pelo contrário, é isso que me faz sentir orgulho de ser humano. É isso que me diferencia do leão, do chimpazé, do ornitorrinco, das árvores...

Para mim, o mais belo do homem é justamente sua capacidade de negligenciar sua própria subsistência em favor de seus prazeres. É por isso que fumamos, bebemos, comemos e fodemos adoidado (alguns mais do que outros). E o mais lindo disso, é quando em dado momento somos impedidos de cumprir esta nossa missão natural (e até divina), seja por nós mesmos e nossa racionalidade, seja por conta de outros, nosso mecanismo de defesa natural nos diz que há algo errado. Nossa vida não é como deveria ser. E assim ficamos deprimidos.

Então, o que me desagrada na Humanidade?! Simples, a culpa, o arrependimento e tudo o que vem atrelado a estes valores tão anti-naturais que nos levam ao desespero. Sinceramente, é muito brochante assistir a covardia com que certas pessoas vivem a vida, e como isso tem se tornado o status quo da sociedade contemporânea. Não que eu siga a risca tudo isso que prego tão apaixonadamente. Isso simplesmente não é possível tendo em vista a conjuntura atual. Pois como diz o ditado, num mundo de loucos, os homens sãos é que vão para o manicômios.

Hoje, a moderação é pregada ao invés da liberdade total e irrestrita. Não necessariamente quanto aos atos (não estamos prontos ainda), mas fundamentalmente com relação aos pensamentos. No dia em que nos sentirmos livres para pensarmos o que quisermos, sem julgamentos, sem poréns, teremos alcançado em parte a verdadeira liberdade. E assim estaremos mais próximos de Deus.



Ao invés de ficar enchendo o meu saco dizendo para poupar água, comer menos, beber menos, usar camisinha, não desperdiçar, etc, as pessoas deviam se preocupar em ler mais, estudar mais, se divertir mais, apreciar mais (qualquer coisa serve), enfim, viver “verdadeiramente” de forma consciente. Porque as pequenas coisas que valem a pena na vida não são tão raras nem tão difíceis de se achar e muito menos precisam ser preservadas. A felicidade está nos pequenos vícios de cada dia, nos pequenos momentos de prazer egoísta, na Desregração Consciente.

José Messias não é contra as formas de governo nem contra a cordialidade entre os homens. Ele só não gosta de (muita) hipocrisia, chatice e pessoas que gostam de dizer para os outras o que fazer, principalmente quando é para o “bem” delas...

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Espero que tenham gostado deste textyo tão feliz e divertido...
Como diria, Alessandro filho do Meleca, "Fé em Deus e nas crianças da favela"!
Fui!

domingo, 9 de novembro de 2008

A todo vapor

Movido por minha inabalável inveja ao ver Mari às voltas com seu blog de demasiada profusão verborrágica (precisa de dicionario, clique aqui), com quase 3,4 posts/segundo. Assim como Kiko, resolvi sair para brincar com minha enorme bola, ou melhor, blog. Porém, como todo jornalista iniciante, ainda não dominei a arte de fazer um texto sem nada minimamente relevante para contar, como fazem os mestres David Brasil, Patrícia Kogut, Luciano Hulk, Cesar Maia, Pedro Bial, Renato Maurício Prado, entre outros.

Por isso, vendo como o Blog da Mari é divertido pensei em falar do meu cotidiano. Mas ai me lembrei que não sou uma garota bonita, bem-sucedida, na fina flor de seus 22 anos (partidão, né?!). Na verdade, sou bem o oposto, o que faz do meu cotidiano a coisa mais inacreditavelmente deprimente, repulsiva e sem-graça. Para se ter uma idéia, só durante os breves momentos (horas) em que escrevo este texto já vi 26 bundas e “afins” em mais de cinco sites pornográficos da República Tcheca, passei cantadas sem sucesso em 4 “garotas” no bate-papo da UOL (até 14 anos) e ainda compus uma poesia sobre uma mulher bonita que sorriu para mim (eu tava com feijão no dente). How sad is that?! (para tradução clique aqui)

Uma vez que não podia escrever sobre o meu cotidiano só me restou uma opção: falar sobre aquilo que fiz/pensei de diferente. Para minha surpresa, Deus decidiu não me sacanear muito e a musa inspiradora finalmente subiu o morro. Ou seja, vou continuar soltando uma série de textos aleatórios sobre coisas que só eu acho interessantes, como fiz na quinta-feira (e como sempre faço), só que agora sem o enorme hiato.

Peristálticos full throttle! (tradução)

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Desabafo

“Deixa, deixa, deixa, eu dizer o que penso dessa vida preciso demais desabafar...”

Poxa, tanto tempo sem escrever aqui, né?! Parece até que abandonei vocês, meu fiéis leitores. Mas não, muito pelo contrário, tava só com preguiça. E para mim, preguiça é coisa muito séria!!!

Durante esses meses que estive fora da blogsfera aconteceram milhares de coisas na minha vida. Fui para Natal, o que daria uma boa série de textos (a propósito, não gostei de lá). Cobri o Festival do Rio, onde assisti vários filmes muito bizarros e outros só um pouco (tudo por escolha própria). Desmaiei pela primeira vez na minha vida (sem estar relacionada ao alcool) e ainda levei meus primeiros pontos. Tudo isso num hospital público, o que certamente renderia boas tiradas de minha parte (Afinal, eu não tenho uma veia cômica, mas uma carótida inteira).

Ah, também cobri o Tim Festival sobre o qual poderia escrever uma série de ironias a respeito da juventude carioca...aquela que mora no Upper East Side daqui. Deixei de comentar a eleição municipal mais engraçada dos últimos anos. E agora, provavelmente, não vou falar da eleição americana que muito me interessa por causa de toda aquela história do primeiro presidente negro e tals. Aliás, dava para fazer um perfil comentado do Barack Obama muito phoda...mas isso são outros 500. Pois mesmo com todos esses assuntos assaz interessantes, só o que me levou a escrever este pequenino textículo foi a tal música do Marcelo D2 (e olha que eu nem gosto do cara...musicalmente falando).



Isso porque esse trem que chamo de preguiça seria mais acertadamente uma total e completa falta de motivação. Algo que está mais ligado ao estado psicológico do que ao físico. Eu simplesmente não tenho vontade de fazer nada. Ou como diriam meus gurus do Rammstein, “Ich Habe Keine Lust”. Na verdade, a música dessa banda alemã (minha favorita em todo o universo e beyond) traduziria perfeitamente esse meu “estado de espírito”, se ao menos eu acreditasse nessa coisa de espírito.

Mas calma, não sou depressivo, muito menos suicida, eu só não gosto de fazer coisas. Ou melhor, sou avesso a idéia de começar qualquer tipo de ação. Menos uma, assistir. Também leio e escrevo, mas não na mesma proporção, na verdade, para que eu faça alguma dessas coisas é necessário algum tipo de efemeride, de evento exterior que inquiete minha “alma” a ponto de me motivar. O que é bem dificil. Mesmo agora, o que me faz escrever é o refrão de uma música cantada numa voz praticamente hipnótica. “Deixa, deixa, deixa, eu dizer o que penso dessa vida, preciso demais desabafar”. E só porque essa mulher me disse (enquanto ASSISTIA o clipe) é que me veio a inspiração deste artigo. Foi quase como uma mensagem subliminar.

Confesso que além do refrão, outro motivo me tirou dessa minha inércia mental. Semana passada comprei um notebook, o que possibilita escrever diretamente do banheiro, o que estou fazendo nete momento. Acontece que minha verdadeira inspiração só vem nessas horas de resguardo e meditação, aliás, daí também vem o nome do blog. Afinal, por que mais ele se chamaria Peristalticos?!


Bom, espero que tenham gostado deste “desabafo”, pois eu fiquei aliviado.

Obrigado por lerem este depreciável blog.

Voltem sempre!!